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== <center> Relatório 3 de Laboratório de Mecânica (21/08/2008)</center> ==
 
== <center> Relatório 3 de Laboratório de Mecânica (21/08/2008)</center> ==
 
=== 1.Objetivos ===
 
=== 1.Objetivos ===
Nosso objetivo nessa experiência é determinar, primeiramente, a viscosidade de um fluido (no caso, o fluido usado é algum tipo de óleo). Num momento posterior, faremos uma comparação entre o valor obtido e o valor fornecido, cabendo a nós decidir se são compatíveis ou não.
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Nosso objetivo nessa experiência é determinar, primeiramente, a [http://w3.ufsm.br/juca/viscos.htm viscosidade] de um [http://pt.wikipedia.org/wiki/Fluido fluido] (no caso, o fluido usado é algum tipo de óleo) a partir de medidas da velocidade limite de corpos esféricos em queda nesse meio. Num momento posterior, faremos uma comparação entre o valor obtido e o valor fornecido, cabendo a nós decidir se são compatíveis ou não.
  
 
=== 2.Introdução ===
 
=== 2.Introdução ===
 
A viscosidade pode ser entendida como a resistência a que está sujeita um fluido durante seu escoamento. Assim, diz-se que o óleo é mais viscoso que a água porque ele escoa com mais dificuldade. Além disso, ela muda com a temperatura. O exemplo mais comum é o óleo de cozinha, que fica menos viscoso conforme aumentamos a temperatura (obs: diminuir a viscosidade com o aumento de temperatura não consiste uma regra para todos os fluidos. Os gases, por exemplo, apresentam um comportamento inverso)
 
A viscosidade pode ser entendida como a resistência a que está sujeita um fluido durante seu escoamento. Assim, diz-se que o óleo é mais viscoso que a água porque ele escoa com mais dificuldade. Além disso, ela muda com a temperatura. O exemplo mais comum é o óleo de cozinha, que fica menos viscoso conforme aumentamos a temperatura (obs: diminuir a viscosidade com o aumento de temperatura não consiste uma regra para todos os fluidos. Os gases, por exemplo, apresentam um comportamento inverso)
Para determinarmos a viscosidade do óleo da experiência, faremos uso de uma modelagem para o movimento de uma pequena bolinha de metal no fluido. Identificando todas as forças que atuam na bolinha (figura 1), podemos escrever (pela 2ª Lei de Newton):
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Para determinarmos a viscosidade do óleo da experiência, faremos uso de uma modelagem para o movimento de uma pequena bolinha de metal no fluido. Identificando todas as forças que atuam na bolinha [[Arquivo:Figura_1.jpg‎ |thumb|figura 1]](figura 1) podemos escrever, pela 2ª Lei de Newton, que ('''eq.01'''):
  
<math>\vec{P}+\vec{E}+\vec{F_{a}}=m\frac{d\vec{v}}{dt}</math> (1),
 
  
onde  é a força peso,  o empuxo e  a força de atrito que atua na bolinha devido ao fluido. Pela Lei de Stokes,   é dado por:.
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<center><math>\vec{P}+\vec{E}+\vec{F_{a}}=m\frac{d\vec{v}}{dt}\Longrightarrow P-E-F_{a}=m\frac{dv}{dt},</math></center>
  
, com  (2).
 
  
onde   é a viscosidade, que queremos achar,  o raio da bolinha e   a velocidade dela. Lembrando das expressões para a força peso e empuxo (  e  , respectivamente) substituindo-as, juntamente com (2) em (1), vem:
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onde <math> \vec{P}</math> é a força peso, <math> \vec{E}</math> o empuxo e <math> \vec{F_{a}}</math> a força de atrito que atua na bolinha devido ao fluido. Pela Lei de Stokes, <math>\mid\vec{F_{a}}\mid</math> é dado por ('''eq.02'''):
  
(3).
 
  
Agora introduziremos uma simplificação: é fato que, quando um corpo se desloca num fluido, há um momento a partir do qual a sua velocidade torna-se constante, e é chamada de velocidade limite ou terminal. Na hipótese da bolinha, deslocando-se no óleo, atingir tal velocidade, a taxa de variação de  na expressão (3) é igual a zero. Modificando então (3) para incluir essa informação, e lembrando de algumas coisas mais ( ,  e  ) podemos finalmente encontrar a expressão para a viscosidade  como sendo
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<center><math>F_{a}=6\pi\eta r v\Longrightarrow F_{a}=bv,</math></center>
  
  (4).
 
  
=== 3.Procedimento Experimental e Resultados Obtidos ===
+
onde <math> \eta </math>, <math> r</math> e <math> v</math> correspondem, respectivamente, à viscosidade do líquido (que queremos encontrar), ao raio da bolinha e à velocidade da mesma. Lembrando das expressões para a força peso e empuxo ( <math>\mid\vec{P}\mid=mg</math> e <math>\mid\vec{E}\mid=\rho Vg</math> , respectivamente) e substituindo-as juntamente com ('''eq.02''') em ('''eq.01'''), vem ('''eq.03'''):
  
Pela expressão (4), temos 4 grandezas que precisaremos descobrir ( , ,  e  ). Vamos começar pelo raio ( ). Como utilizamos cinco bolinhas diferentes, obtermos cinco medidas de raio. Estas foram feitas com o auxílio de um micrômetro, onde determinamos o diâmetro. O valor do raio, portanto, é a metade do valor do diâmetro (veja a tabela 1).
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<center><math>mg-\rho_{fluido}Vg-bv=m\frac{dv}{dt}.</math></center>
  
  
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Agora introduziremos uma simplificação: é fato que, quando um corpo se desloca num fluido, há um momento a partir do qual a sua velocidade torna-se constante, e é chamada de velocidade limite ou terminal. Na hipótese da bolinha, deslocando-se no óleo, atingir tal velocidade, a taxa de variação de <math>v</math> em ('''eq.03''') é igual a zero. Incluindo essa informação, e lembrando de algumas coisas mais ( <math>V_{esfera}=\frac{4}{3}\pi r^{3}</math> e <math>m=\rho_{metal}V</math>) podemos finalmente encontrar a expressão para a viscosidade <math>\eta</math> como sendo ('''eq.04''')
  
bolinha A B C D E
 
Diâmetro (mm) 2,493 3,180 4,755 5,491 6,355
 
raio (mm) 1,247 1,590 2,378 2,746 3,178
 
  
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<center><math>\eta = \frac{2}{9}\left(\rho_{metal}-\rho_{fluido}\right)\frac{r^{2}g}{v_{terminal}}.</math></center>
  
Quanto às densidades,  fora determinada com a ajuda de um densímetro. Ele marcou  . Já para  , precisamos medir a massa e o volume correspondente. Como todas as bolinhas são feitas de um mesmo material, não importa o tipo de bolinha escolhida para se fazer o cálculo (obs: esse cálculo de densidade baseou-se na relação  ). Tendo por objeto aumentar a precisão na determinação da massa, utilizamos um conjunto de bolinhas ao invés de apenas uma. Obtivemos o valor 7,82  para a densidade do metal.
+
=== 3.Procedimento Experimental e Resultados Obtidos ===
Em relação à velocidade terminal, o nosso intuito agora é, além de determiná-la para cada bolinha, observar o que acontece com o valor da viscosidade quando mudamos os parâmetros  e  (teoricamente, a viscosidade é a mesma para o fluido quer utilizemos a bolinha 1 quer utilizemos a bolinha 3).
+
Para a determinação de  , fizemos uso de um cronômetro e uma trena acoplada os tubo que continha óleo (figura 2). As marcas ajustáveis permitiram-nos achar o espaço percorrido pela bolinha e com o cronômetro, determinamos o tempo que cada bolinha levou para percorrer essa distância, que fora mantida constante durante toda a experiência. Ora, não precisamos de mais nada para determinar  . A tabela 2 mostra os valores de tempo de percurso para cada bolinha.
+
  
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Pela ('''eq.04'''), temos quatro grandezas que precisaremos descobrir (<math>r</math>,<math>v_{terminal}</math>, <math>\rho_{metal}</math> e <math>\rho_{fluido}</math>). Vamos começar pelo raio (r). Como utilizamos cinco bolinhas diferentes, obtermos cinco medidas de raio. Estas foram feitas com o auxílio de um micrômetro, onde determinamos o diâmetro. O valor do raio, portanto, é a metade do valor do diâmetro (veja a tabela 1).
  
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<center><h5>'''Tabela 1''' - Dados obtidos</h5></center>
  
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| <center> '''Bolinha '''</center>||<center>''' A '''</center>|| <center>'''B '''</center>||<center> '''C '''</center>||<center> '''D''' </center>|| <center>'''E'''</center>
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|'''Diâmentro (mm)'''||2,493||3,180 ||4,755 ||5,491 ||6,355
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|<center>'''Raio (mm)'''</center>|| 1,247 ||1,590|| 2,378 || 2,746 || 3,178
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|}
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</div>
  
Bolinha / ti (s)          
 
A 7,31 7,34 7,22 7,21 7,25 7,16 7,31 7,15 7,19 7,06
 
B 4,66 4,63 4,66 4,66 4,62 4,56 4,63 4,75 4,69 4,81
 
C 2,40 2,35 2,40 2,40 2,41 2,34 2,47 2,44 2,41 2,38
 
D 1,87 1,91 1,97 1,88 1,91 1,94 1,97 1,91 1,87 1,81
 
E 1,60 1,43 1,56 1,50 1,50 1,47 1,53 1,53 1,53 1,50
 
  
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Quanto às densidades, <math>\rho_{fluido}</math> foi determinado com a ajuda de um densímetro. Ele marcou <math>0,883 \frac{g}{cm^{3}}</math>. Já para <math>\rho_{metal}</math>, precisamos medir a massa e o volume correspondente. Como todas as bolinhas são feitas de um mesmo material, não importa o tipo de bolinha escolhida para se fazer o cálculo (obs: esse cálculo de densidade baseou-se na relação <math>\rho=\frac{m}{V}</math> ). Tendo por objeto aumentar a precisão na determinação da massa, utilizamos um conjunto de bolinhas ao invés de apenas uma. Obtivemos o valor <math>7,82 \frac{g}{cm^{3}}</math> para a densidade do metal.
 +
Em relação à velocidade terminal, o nosso intuito agora é, além de determiná-la para cada bolinha, observar o que acontece com o valor da viscosidade quando mudamos os parâmetros <math>r</math>  e <math>v_{terminal}</math> (teoricamente, a viscosidade é a mesma para o fluido quer utilizemos a bolinha 1 quer utilizemos a bolinha 3).
 +
Para a determinação de <math>v_{terminal}</math>, fizemos uso de um cronômetro e uma trena acoplada os tubo que continha óleo (figura 2). As marcas ajustáveis permitiram-nos achar o espaço percorrido pela bolinha e com o cronômetro, determinamos o tempo que cada bolinha levou para percorrer essa distância, que fora mantida constante durante toda a experiência. Ora, não precisamos de mais nada para determinar <math>v_{terminal}</math>. A tabela 2 mostra os valores de tempo de percurso para cada bolinha.
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[[Arquivo:Figura_2.jpg‎|thumb|figura 2]]
  
Com base nessas informações, a velocidade pode ser determinada por:
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<center><h5>'''Tabela 2''' - Tempo de percurso para as bolinhas</h5></center>
(5),
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onde  é o espaço percorrido e  o tempo necessário para percorrê-lo. A tabela 3 contém os valores de velocidade.
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| <center> '''Bolinha/tempo (s)'''</center>||<center>''' 1 '''</center>|| <center>'''2 '''</center>||<center> '''3 '''</center>||<center> '''4''' </center>|| <center>'''5'''</center> || <center>'''6'''</center>|| <center>'''7'''</center>|| <center>'''8'''</center>|| <center>'''9'''</center>|| <center>'''10'''</center>
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|<center>'''A'''</center>||7,31||7,34||7,22||7,21||7,25||7,16||7,31||7,15||7,19||7,06
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|<center>'''B'''</center>||4,66||4,63||4,66||4,66||4,62||4,56||4,63||4,75||4,69||4,81
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|<center>'''C'''</center>||2,40||2,35||2,40||2,40||2,41||2,34||2,47||2,44||2,41||2,38
 +
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 +
|<center>'''D'''</center>||1,87||1,91||1,97||1,88||1,91||1,94||1,97||1,91||1,87||1,81
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|<center>'''E'''</center>||1,60||1,43||1,56||1,50||1,50||1,47||1,53||1,53||1,53||1,50
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|-----
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|}
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</div>
  
Bolinha / v(cm/s)          
 
A 5,47 5,45 5,54 5,55 5,52 5,59 5,47 5,59 5,56 5,67
 
B 8,58 8,64 8,58 8,58 8,66 8,77 8,64 8,42 8,53 8,32
 
C 16,67 17,02 16,67 16,67 16,60 17,09 16,19 16,39 16,60 16,81
 
D 21,39 20,94 20,30 21,28 20,94 20,62 20,30 20,94 21,39 22,10
 
E 25,00 27,97 25,64 26,67 26,67 27,21 26,14 26,14 26,14 26,67
 
  
Para cada conjunto de valores de velocidade para cada tipo de bolinha, determinamos a média. Os valores “oficiais” de velocidade encontram-se na tabela 4.
+
Com base nessas informações, a velocidade pode ser determinada por ('''eq.05'''):
  
  
Bolinha Velocidade média (cm/s)
+
<center><math>v=\frac{\Delta x}{\Delta t},</math></center>
A 1,26
+
B 1,34
+
C 1,91
+
D 2,28
+
E 2,79
+
  
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onde <math>\Delta x</math> é o espaço percorrido e <math>\Delta t</math> o tempo necessário para percorrê-lo. A tabela 3 contém os valores de velocidade.
  
Como já dispomos dos valores de  e do raio, os utilizaremos para calcular os valores de  . E eles se encontram na tabela 5 com as respectivas incertezas.
+
<center><h5>'''Tabela 3''' - Velocidades das bolinhas</h5></center>
  
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<div align = "center" >
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{| border=6
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| <center> '''Bolinha/velocidade (cm/s) '''</center>||<center>''' 1 '''</center>|| <center>'''2 '''</center>||<center> '''3 '''</center>||<center> '''4''' </center>|| <center>'''5'''</center> || <center>'''6'''</center>|| <center>'''7'''</center>|| <center>'''8'''</center>|| <center>'''9'''</center>|| <center>'''10'''</center>
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|<center>'''A'''</center>||5,47||5,45||5,54||5,55||5,52||5,59||5,47||5,59||5,56||5,67
 +
|-----
 +
|<center>'''B'''</center>||8,58||8,64||8,58||8,58||8,66||8,77||8,64||8,42||8,53||8,32
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|<center>'''C'''</center>||16,67||17,02||16,67||16,67||16,60||17,09||16,19||16,39||16,60||16,81
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|<center>'''D'''</center>||21,39||20,94||20,30||21,28||20,94||20,62||20,30||20,94||21,39||22,10
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|<center>'''E'''</center>||25,00||27,97||25,64||26,67||26,67||27,21||26,14||26,14||26,14||26,67
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|-----
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|}
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</div>
  
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Para cada conjunto de valores de velocidade para cada tipo de bolinha, determinamos a média. Os valores “oficiais” de velocidade encontram-se na tabela 4.
  
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<center><h5>'''Tabela 4''' - Velocidades média das bolinhas</h5></center>
  
Bolinha raio(cm) velocidade média(cm/s) g/cm.s)
+
<div align = "center" >
A 0,1247 5,54 4,23
+
{| border=6
B 0,159 8,57 4,45
+
|-----
C 0,2378 16,67 5,11
+
|<center> '''Bolinha'''</center>||<center>''' Velocidade (cm/s) '''</center>
D 0,2746 21,02 5,41
+
|-----
E 0,3178 26,43 5,76
+
|<center>'''A'''</center>||<center>1,26</center>
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|-----
 +
|<center>'''B'''</center>||<center>1,34</center>
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|-----
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|<center>'''C'''</center>||<center>1,91</center>
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|-----
 +
|<center>'''D'''</center>||<center>2,28</center>
 +
|-----
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|<center>'''E'''</center>||<center>2,79</center>
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|}
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</div>
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Como já dispomos dos valores de <math>v_{terminal}</math> e do raio, os utilizaremos para calcular os valores de <math>\eta</math>. E eles se encontram na tabela 5 com as respectivas incertezas.
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<center><h5>'''Tabela 5''' - Valores de <math>\eta</math></h5></center>
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<div align = "center" >
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{| border=6
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| <center> '''Bolinha'''</center>||<center>''' Raio (cm) '''</center>||<center>''' Velocidade média (cm/s) '''</center>||<center>''' viscosidade (g/cm.s) '''</center>
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|<center>'''A'''</center>||<center>0,1247</center>||<center>5,54</center>||<center>4,23</center>
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|<center>'''B'''</center>||<center>0,159</center>||<center>8,57</center>||<center>4,45</center>
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|-----
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|<center>'''C'''</center>||<center>0,2378</center>||<center>16,67</center>||<center>5,11</center>
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|<center>'''D'''</center>||<center>0,2746</center>||<center>21,02</center>||<center>5,41</center>
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|<center>'''E'''</center>||<center>0,3178</center>||<center>26,43</center>||<center>5,76</center>
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|}
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</div>
  
  
 
Vamos observar o comportamento deles em função do raio (figura 3).
 
Vamos observar o comportamento deles em função do raio (figura 3).
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[[Arquivo:Figura_3.jpg|thumb|figura 3– Gráfico da viscosidade em função do raio. Teoricamente, não deveria haver variação de viscosidade. Os possíveis motivos para isso serão discutidos na conclusão.]]
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Figura 3 – Gráfico da viscosidade em função do raio. Teoricamente, não deveria haver variação de viscosidade. Os possíveis motivos para isso serão discutidos na conclusão.
 
  
 
Bem, obtemos vários valores para a viscosidade. O motivo para isso será comentado na conclusão, juntamente com o valor experimental mais adequado. No início desse relatório, falamos em comparar o resultado com um valor fornecido. Esse valor, entretanto, será obtido por meio de um gráfico da viscosidade em função da temperatura, ou seja, localizaremos nesse gráfico o valor da temperatura ambiente no dia da experiência (~19°C) e o associaremos a um valor de viscosidade. Esse gráfico encontra-se na figura 4.
 
Bem, obtemos vários valores para a viscosidade. O motivo para isso será comentado na conclusão, juntamente com o valor experimental mais adequado. No início desse relatório, falamos em comparar o resultado com um valor fornecido. Esse valor, entretanto, será obtido por meio de um gráfico da viscosidade em função da temperatura, ou seja, localizaremos nesse gráfico o valor da temperatura ambiente no dia da experiência (~19°C) e o associaremos a um valor de viscosidade. Esse gráfico encontra-se na figura 4.
Linha 92: Linha 155:
 
   
 
   
 
Figura 4 – Valores da viscosidade em função da temperatura para o caso específico do óleo contido no tubo. Assim, se dispuséssemos de outra “espécie” de óleo, muito provavelmente a curva seria outra.
 
Figura 4 – Valores da viscosidade em função da temperatura para o caso específico do óleo contido no tubo. Assim, se dispuséssemos de outra “espécie” de óleo, muito provavelmente a curva seria outra.
 
  
===4.Conclusões ===
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=== 4.Conclusões ===
 +
Pela análise dos dados, tanto da tabela 5 quanto do gráfico mostrado na figura 3, pudemos perceber que a viscosidade do óleo mostrou uma relação muito bem definida com o raio da esfera, ou seja, pela linha de tendência no gráfico da viscosidade do óleo em função do raio das esferas, podemos ver que para raios próximos de zero, o valor encontrado se aproxima do valor teórico esperado, que é de 3,53 Poise.
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Este fato pode ser explicado pelas condições no uso da fórmula utilizada. Uma das incógnitas da fórmula é a velocidade limite das esferas, mas experimentalmente não há como calcular a velocidade de queda da esfera para um tempo infinito, portanto a velocidade utilizada para os cálculos não é a velocidade limite.
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Quando o raio da esfera é muito grande, a mesma não tem tempo de atingir a velocidade limite, ela chega ao fundo do recipiente muito rápido, já as esferas de raio pequeno conseguem atingir essa velocidade, mas elas ainda percorrem uma parte do fluido com velocidade diferente, e por isso elas não fornecem o valor exato da viscosidade do fluido.

Edição atual tal como às 18h48min de 16 de setembro de 2010

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Relatório 3 de Laboratório de Mecânica (21/08/2008)

[editar] 1.Objetivos

Nosso objetivo nessa experiência é determinar, primeiramente, a viscosidade de um fluido (no caso, o fluido usado é algum tipo de óleo) a partir de medidas da velocidade limite de corpos esféricos em queda nesse meio. Num momento posterior, faremos uma comparação entre o valor obtido e o valor fornecido, cabendo a nós decidir se são compatíveis ou não.

[editar] 2.Introdução

A viscosidade pode ser entendida como a resistência a que está sujeita um fluido durante seu escoamento. Assim, diz-se que o óleo é mais viscoso que a água porque ele escoa com mais dificuldade. Além disso, ela muda com a temperatura. O exemplo mais comum é o óleo de cozinha, que fica menos viscoso conforme aumentamos a temperatura (obs: diminuir a viscosidade com o aumento de temperatura não consiste uma regra para todos os fluidos. Os gases, por exemplo, apresentam um comportamento inverso)

Para determinarmos a viscosidade do óleo da experiência, faremos uso de uma modelagem para o movimento de uma pequena bolinha de metal no fluido. Identificando todas as forças que atuam na bolinha
figura 1
(figura 1) podemos escrever, pela 2ª Lei de Newton, que (eq.01):


\vec{P}+\vec{E}+\vec{F_{a}}=m\frac{d\vec{v}}{dt}\Longrightarrow P-E-F_{a}=m\frac{dv}{dt},


onde  \vec{P} é a força peso,  \vec{E} o empuxo e  \vec{F_{a}} a força de atrito que atua na bolinha devido ao fluido. Pela Lei de Stokes, \mid\vec{F_{a}}\mid é dado por (eq.02):


F_{a}=6\pi\eta r v\Longrightarrow F_{a}=bv,


onde  \eta ,  r e  v correspondem, respectivamente, à viscosidade do líquido (que queremos encontrar), ao raio da bolinha e à velocidade da mesma. Lembrando das expressões para a força peso e empuxo ( \mid\vec{P}\mid=mg e \mid\vec{E}\mid=\rho Vg , respectivamente) e substituindo-as juntamente com (eq.02) em (eq.01), vem (eq.03):

mg-\rho_{fluido}Vg-bv=m\frac{dv}{dt}.


Agora introduziremos uma simplificação: é fato que, quando um corpo se desloca num fluido, há um momento a partir do qual a sua velocidade torna-se constante, e é chamada de velocidade limite ou terminal. Na hipótese da bolinha, deslocando-se no óleo, atingir tal velocidade, a taxa de variação de v em (eq.03) é igual a zero. Incluindo essa informação, e lembrando de algumas coisas mais ( V_{esfera}=\frac{4}{3}\pi r^{3} e m=\rho_{metal}V) podemos finalmente encontrar a expressão para a viscosidade \eta como sendo (eq.04)


\eta = \frac{2}{9}\left(\rho_{metal}-\rho_{fluido}\right)\frac{r^{2}g}{v_{terminal}}.

[editar] 3.Procedimento Experimental e Resultados Obtidos

Pela (eq.04), temos quatro grandezas que precisaremos descobrir (r,v_{terminal}, \rho_{metal} e \rho_{fluido}). Vamos começar pelo raio (r). Como utilizamos cinco bolinhas diferentes, obtermos cinco medidas de raio. Estas foram feitas com o auxílio de um micrômetro, onde determinamos o diâmetro. O valor do raio, portanto, é a metade do valor do diâmetro (veja a tabela 1).

Tabela 1 - Dados obtidos
Bolinha
A
B
C
D
E
Diâmentro (mm) 2,493 3,180 4,755 5,491 6,355
Raio (mm)
1,247 1,590 2,378 2,746 3,178


Quanto às densidades, \rho_{fluido} foi determinado com a ajuda de um densímetro. Ele marcou 0,883 \frac{g}{cm^{3}}. Já para \rho_{metal}, precisamos medir a massa e o volume correspondente. Como todas as bolinhas são feitas de um mesmo material, não importa o tipo de bolinha escolhida para se fazer o cálculo (obs: esse cálculo de densidade baseou-se na relação \rho=\frac{m}{V} ). Tendo por objeto aumentar a precisão na determinação da massa, utilizamos um conjunto de bolinhas ao invés de apenas uma. Obtivemos o valor 7,82 \frac{g}{cm^{3}} para a densidade do metal. Em relação à velocidade terminal, o nosso intuito agora é, além de determiná-la para cada bolinha, observar o que acontece com o valor da viscosidade quando mudamos os parâmetros r e v_{terminal} (teoricamente, a viscosidade é a mesma para o fluido quer utilizemos a bolinha 1 quer utilizemos a bolinha 3). Para a determinação de v_{terminal}, fizemos uso de um cronômetro e uma trena acoplada os tubo que continha óleo (figura 2). As marcas ajustáveis permitiram-nos achar o espaço percorrido pela bolinha e com o cronômetro, determinamos o tempo que cada bolinha levou para percorrer essa distância, que fora mantida constante durante toda a experiência. Ora, não precisamos de mais nada para determinar v_{terminal}. A tabela 2 mostra os valores de tempo de percurso para cada bolinha.

figura 2
Tabela 2 - Tempo de percurso para as bolinhas
Bolinha/tempo (s)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
A
7,31 7,34 7,22 7,21 7,25 7,16 7,31 7,15 7,19 7,06
B
4,66 4,63 4,66 4,66 4,62 4,56 4,63 4,75 4,69 4,81
C
2,40 2,35 2,40 2,40 2,41 2,34 2,47 2,44 2,41 2,38
D
1,87 1,91 1,97 1,88 1,91 1,94 1,97 1,91 1,87 1,81
E
1,60 1,43 1,56 1,50 1,50 1,47 1,53 1,53 1,53 1,50


Com base nessas informações, a velocidade pode ser determinada por (eq.05):


v=\frac{\Delta x}{\Delta t},


onde \Delta x é o espaço percorrido e \Delta t o tempo necessário para percorrê-lo. A tabela 3 contém os valores de velocidade.

Tabela 3 - Velocidades das bolinhas
Bolinha/velocidade (cm/s)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
A
5,47 5,45 5,54 5,55 5,52 5,59 5,47 5,59 5,56 5,67
B
8,58 8,64 8,58 8,58 8,66 8,77 8,64 8,42 8,53 8,32
C
16,67 17,02 16,67 16,67 16,60 17,09 16,19 16,39 16,60 16,81
D
21,39 20,94 20,30 21,28 20,94 20,62 20,30 20,94 21,39 22,10
E
25,00 27,97 25,64 26,67 26,67 27,21 26,14 26,14 26,14 26,67

Para cada conjunto de valores de velocidade para cada tipo de bolinha, determinamos a média. Os valores “oficiais” de velocidade encontram-se na tabela 4.

Tabela 4 - Velocidades média das bolinhas
Bolinha
Velocidade (cm/s)
A
1,26
B
1,34
C
1,91
D
2,28
E
2,79

Como já dispomos dos valores de v_{terminal} e do raio, os utilizaremos para calcular os valores de \eta. E eles se encontram na tabela 5 com as respectivas incertezas.

Tabela 5 - Valores de \eta
Bolinha
Raio (cm)
Velocidade média (cm/s)
viscosidade (g/cm.s)
A
0,1247
5,54
4,23
B
0,159
8,57
4,45
C
0,2378
16,67
5,11
D
0,2746
21,02
5,41
E
0,3178
26,43
5,76


Vamos observar o comportamento deles em função do raio (figura 3).

figura 3– Gráfico da viscosidade em função do raio. Teoricamente, não deveria haver variação de viscosidade. Os possíveis motivos para isso serão discutidos na conclusão.



Bem, obtemos vários valores para a viscosidade. O motivo para isso será comentado na conclusão, juntamente com o valor experimental mais adequado. No início desse relatório, falamos em comparar o resultado com um valor fornecido. Esse valor, entretanto, será obtido por meio de um gráfico da viscosidade em função da temperatura, ou seja, localizaremos nesse gráfico o valor da temperatura ambiente no dia da experiência (~19°C) e o associaremos a um valor de viscosidade. Esse gráfico encontra-se na figura 4.


Figura 4 – Valores da viscosidade em função da temperatura para o caso específico do óleo contido no tubo. Assim, se dispuséssemos de outra “espécie” de óleo, muito provavelmente a curva seria outra.

[editar] 4.Conclusões

Pela análise dos dados, tanto da tabela 5 quanto do gráfico mostrado na figura 3, pudemos perceber que a viscosidade do óleo mostrou uma relação muito bem definida com o raio da esfera, ou seja, pela linha de tendência no gráfico da viscosidade do óleo em função do raio das esferas, podemos ver que para raios próximos de zero, o valor encontrado se aproxima do valor teórico esperado, que é de 3,53 Poise. Este fato pode ser explicado pelas condições no uso da fórmula utilizada. Uma das incógnitas da fórmula é a velocidade limite das esferas, mas experimentalmente não há como calcular a velocidade de queda da esfera para um tempo infinito, portanto a velocidade utilizada para os cálculos não é a velocidade limite. Quando o raio da esfera é muito grande, a mesma não tem tempo de atingir a velocidade limite, ela chega ao fundo do recipiente muito rápido, já as esferas de raio pequeno conseguem atingir essa velocidade, mas elas ainda percorrem uma parte do fluido com velocidade diferente, e por isso elas não fornecem o valor exato da viscosidade do fluido.

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