Mudanças entre as edições de "Teced/textos/Santos Dumont"
Linha 28: | Linha 28: | ||
===Oiseau de Proie I, II e III e os Demoiselles=== | ===Oiseau de Proie I, II e III e os Demoiselles=== | ||
+ | [[Imagem:1280px-14bis.jpg|thumb| Réplica do 14-bis em Brasília (7 de setembro de 2006), nas comemorações do Centenário da Aviação(1906-2006).]] | ||
====Oiseau de Proie I ==== | ====Oiseau de Proie I ==== | ||
+ | |||
====Oiseau de Proie II ==== | ====Oiseau de Proie II ==== | ||
+ | |||
====Oiseau de Proie III ==== | ====Oiseau de Proie III ==== | ||
Edição das 12h54min de 11 de setembro de 2012
Conteúdo[ocultar] |
Santos Dumont
Biografia
Alberto Santos Dumont (Palmira, 20 de julho de 1873 — Guarujá, 23 de julho de 1932) foi um aeronauta, esportista e inventor brasileiro.
Dumont é considerado por muitos brasileiros como o inventor do dirigível, do avião e do ultraleve. Também é considerado o responsável por popularizar o uso do relógio de pulso entre os homens, a partir de um modelo criado por seu amigo o joalheiro Louis Cartier. [1]
Invenções
Santos Dumont partiu para a França no ano de 1897 - com 24 anos - e ali contatou aeronautas que lhe ensinaram a pilotar balões. Até o ano de 1900, ele já havia construído 9 modelos.
Juntamente com o trabalho de construção de balões, Santos Dumont fazia experiências para tentar controlar seu voo: foram feitos diversos balões de formato alongado movidos com auxilio de motor a gasolina (na época utilizavam motor elétrico e a vapor). No ano de 1898 Santos Dumont começou o seu trabalho com dirigíveis.
Apesar da habilidade como inventor, não tinha grande criatividade para batizar seus trabalhos: o primeiro dirigível por ele construído recebeu o nome de N°1, o segundo de N°2, o terceiro de N°3 e assim por diante. Devido a acidentes e problemas encontrados durante os voos, ele procurou modificar o formato, comprimento e também o gás utilizado para inflar os balões.
Em 24 de março de 1900, um magnata do petróleo, Henri Deutsch de la Meurthe, enviou uma carta ao presidente do Aeroclube da França prometendo um prêmio de 100.000 francos para quem criasse uma máquina voadora capaz de partir do parque de Saint Cloud, de Longchamps, ou de qualquer outro lugar situado a uma distância igual da Torre Eiffel, contornar a torre e retornar ao ponto de partida em 30 minutos.
Interessado no prêmio, Santos Dumont tentou desenvolver dirigíveis mais rápidos para conquistar o prêmio: a partir do N°4, ele tentou diversas vezes. mesmo não tendo sucesso em suas tentativas, a comissão que acompanhava o teste ficava impressionada com a capacidade da aeronave em voar contra o vento. Posteriormente tentou o prêmio com o dirigível N°5, com o qual conseguiu pela primeira vez realizar o trajeto, ultrapassando o tempo estimado em 10 minutos. Esse dirigível explodiu e, menos de um mês depois, ele já tinha o N°6, com o qual disputou novamente o prêmio e, no dia 19 de outubro de 1901, conseguiu concluir o desafio. O prêmio foi dividido com sua equipe e desempregados de Paris. Nesse momento ele ficou mundialmente conhecido como o inventor do dirigível e foi reconhecido como um dos maiores aeronautas do mundo.
Santos Dumont não parou por aí: continuou aperfeiçoando o seu invento, sendo que o último modelo foi o N°13.
No ano de 1904 eram oferecidos na França três prêmios para quem conseguisse voar contra o vento. As regras eram mais abertas do que as do voo com dirigível e Santos Dumont, motivado por isso, passou a se dedicar a criar uma máquina capaz de realizar essa tarefa.
No início de 1905 Santos Dumont fez um modelo de planador inspirado num protótipo auto-estável feito 100 anos antes pelo cientista inglês George Cayley, considerado o primeiro aeroplano da História. o modelo, de 1,5 metro de comprimento por 1,2 de envergadura, era provido de asas fixas, cauda cruciforme e um peso móvel para ajustar o centro de gravidade. O planador de Dumont diferia do de Cayley pelas dimensões, pelo perfil das asas e pelo fato de não possuir nenhum peso móvel. Dividido, passou a estudar as duas soluções para o mais pesado. Em 3 de janeiro de 1906, inscreveu-se no Prêmio Deutsch-Archdeacon e nesse mesmo mês iniciou a construção de um helicóptero, mas desistiu do engenho no dia 1 de junho, em razão do mau rendimento das correias de transmissão.
Construiu então uma máquina híbrida, o 14-bis, um avião unido a um balão de hidrogênio para reduzir o peso e facilitar a decolagem. Apresentou o exótico aeródino pela primeira vez no dia 19 de julho, em Bagatelle, onde fez algumas corridas, obtendo saltos apreciáveis. Animado, decidiu se inscrever para os prêmios Archdeacon e Aeroclube da França no dia seguinte, data do seu aniversário – completaria 33 anos –, mas foi imediatamente desestimulado pelo capitão Ferdinand Ferber, outro entusiasta da aviação. Ferber havia assistido às demonstrações e não gostara da solução apresentada por Dumont; considerava o híbrido uma máquina impura. “A aviação deve ser resolvida pela aviação!”, declarou.
Oiseau de Proie I, II e III e os Demoiselles
Oiseau de Proie I
Oiseau de Proie II
Oiseau de Proie III
Demoiselle
O primeiro modelo de um aeroplano foi testado em Novembro de 1907, um pequeno avião apelidado pelos franceses de Demoiselle, devido a sua graciosidade e semelhança com as libélulas. Todavia, durante as primeiras experiências, o "nº 19" sofreu um acidente, ficando seriamente avariado. Pesando 110 quilos, o Demoiselle era uma aeronave com motor de 35 HP e estrutura de bambu.

Em Dezembro de 1908 exibiu um exemplar do Demoiselle na Exposição Aeronáutica, realizada no "Grand Palais" de Paris.Obteve o primeiro brevê de aviador, fornecido pelo Aeroclube da França em Janeiro de 1909. Aproveitando características e formato do "nº 19", foi criado o "Demoiselle nº 20". Sua fuselagem era constituídada de longarinas de bambu com juntas de metal e as asas cobertas de seda japonesa, tornando-o leve, transparente e de grande efeito estético. Em Setembro do mesmo ano, Santos Dumont estabeleceu o recorde de velocidade voando a 96 km/h num "Demoiselle". Fez um vôo de 18km, de Saint-Cyr ao castelo de Wideville, considerado o primeiro reide da história da aviação. Com esta pequena aeronave ele ia visitar amigos em seus Castelos, bateu recordes de velocidade e de distância de decolagem.O Demoiselle era um avião pequeno, de tração dianteira, com a hélice girando no bordo de ataque da asa alta de grande diedro, o leme e o estabilizador eram de contorno poliédrico, montados em uma estrutura em forma de cruz e unidos à fuselagem por meio de uma junta que permitia o movimento do conjunto em todas as direções. O piloto ia sentado abaixo da asa logo atrás das rodas. O comando era composto por um volante que controlava, através de cabos, o conjunto leme/estabilizador. Os cabos de sustentação da asa e reforço de estrutura eram cordas de piano. Construído em apenas em quinze dias, o Demoiselle nº 19 tinha como fuselagem uma única haste de bambu, com seis metros de comprimento, e a asa era formada por uma estrutura simples. O motor a explosão, de 20 hp, refrigerado a água, era de dois cilindros opostos e foi projetado pelo próprio Santos Dumont e construido pela fábrica Dutheil & Chalmers. Possuía ainda um estabilizador na frente e embaixo do avião e dois lemes laterais situados logo abaixo da asas. Tais itens foram logo abandonados, pois não contribuíram em nada para aumentar a estabilidade do aparelho. Posteriormete, Santos-Dumont alterou-o, desenhando novamente a asa para aumentar sua resistência e colocou um motor Antoniette de 24 hp na parte de baixo, entre as pernas do piloto, transmitindo o torque à hélice por meio de uma correia. Este ficou conhecido como nº 20 e foi descrito pela Scientific American de 12 de dezembro de 1908 como: "... de longe a mais leve e possante máquina desse tipo que jamais foi produzida.", e mais, "Um número de pequenos vôos foram feitos e não se apresentou nenhuma dificuldade particular em mantê-lo no ar. Ainda apresentando alguns problemas de estrutura e baixa potência, que Santos=Dumont tentou compensar, o modelo nº 21, possuia uma fuselagem triangular composta por três hastes de bambu e nova asa, mais resistente e de maior envergadura, além da redução no comprimento do avião. Retorna a solução inicial de motor de dois cilindros contrapostos, instalado sobre as asas, atuando diretamente sobre a hélice. O projeto do nº 22 era basicamente igual ao nº 21. Santos Dumont apenas experimentou, nos dois modelos, vários motores de cilindros opostos e refrigerados a água, com potências variando entre 20 e 40 hp, constrídos por Dutheil & Chalmers, Clément e Darracq. Assim estes dois modelos demonstraram qualidades bastantes satisfatórias para a época, sendo produzidos em quantidade, uma vez que Santos Dumont, por princípios, jamais requereu patente por seus inventos.