Mudanças entre as edições de "Grupo 5 13"
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− | Segundo Becker (1973) há relatos de que alquimistas medievais já sabiam que certos | + | :Segundo Becker (1973) há relatos de que alquimistas medievais já sabiam que certos |
− | minerais emitiam uma fraca luz no escuro quando os mesmos eram aquecidos. Contudo, | + | :minerais emitiam uma fraca luz no escuro quando os mesmos eram aquecidos. |
− | possivelmente o primeiro relato de caráter científico do fenômeno da termoluminescência foi | + | :Contudo, possivelmente o primeiro relato de caráter científico do fenômeno da termoluminescência foi |
− | feito em 1663 por Robet Boyle, que notou uma “luz esmaecida” de um diamante quando | + | :feito em 1663 por Robet Boyle, que notou uma “luz esmaecida” de um diamante quando |
− | submetida a um processo de aquecimento. | + | :submetida a um processo de aquecimento. |
− | Até 1940, ano em que foi inventada a fotomultiplicadora, o fenômeno da TL era | + | :Até 1940, ano em que foi inventada a fotomultiplicadora, o fenômeno da TL era |
− | utilizado, apenas, como ferramenta na identificação de minerais. Estimulado pelos trabalhos | + | :utilizado, apenas, como ferramenta na identificação de minerais. |
− | de Farrington Daniels na universidade de Wisconsin, em 1950, o fenômeno da | + | :Estimulado pelos trabalhos de Farrington Daniels na universidade de Wisconsin, em 1950, o fenômeno da |
− | termoluminescência passou a ser utilizado para realizar medidas de exposição à radiação | + | :termoluminescência passou a ser utilizado para realizar medidas de exposição à radiação |
− | nuclear, além de outras aplicações. Iniciou-se por volta deste período, também, o estudo do | + | :nuclear, além de outras aplicações. |
− | mecanismo envolvido com a termoluminescência, principalmente pelos trabalhos de Randall e | + | :Iniciou-se por volta deste período, também, o estudo do mecanismo envolvido com a termoluminescência, principalmente pelos trabalhos de Randall e |
− | Wilkins, em 1945, que formularam um modelo teórico para a curva de emissão. Todavia, a | + | :Wilkins, em 1945, que formularam um modelo teórico para a curva de emissão. |
− | possibilidade do uso da termoluminescência na datação arqueológica e geológica só surgiu em | + | :Todavia, a possibilidade do uso da termoluminescência na datação arqueológica e geológica só surgiu em |
− | 1953, sugerida por Daniels et al. (1953), e logo após com o trabalho apresentado por Kennedy | + | :1953, sugerida por Daniels et al. (1953), e logo após com o trabalho apresentado por Kennedy e Knopf, em 1960, no Meeting of American Association for the Advance of Science,relatando resultados de datação por TL de amostras arqueológicas e de lava (Santos, 2002). |
− | e Knopf, em 1960, no Meeting of American Association for the Advance of Science, | + | :Neste mesmo ano Grögler et al. (Tatumi, 1987) detectou que amostras cerâmicas apresentavam o fenômeno da termoluminescência, levantando assim, o potencial de utilização destes materiais para datação arqueológica. |
− | relatando resultados de datação por TL de amostras arqueológicas e de lava (Santos, 2002). | + | :Em 1961, os trabalhos de datação de amostras geológicas por termoluminescência tomaram um grande impulso |
− | Neste mesmo ano Grögler et al. (Tatumi, 1987) detectou que amostras cerâmicas | + | :com os trabalhos de Johnson (Aitken; 1985), datando rochas presentes nas proximidades da intrusão da lava, |
− | apresentavam o fenômeno da termoluminescência, levantando assim, o potencial de utilização | + | :a fim de determinar a época em que a mesma fluiu pela região. |
− | destes materiais para datação arqueológica. | + | :Porém, nesta época, os pesquisadores encontravam diversas dificuldades na |
− | Em 1961, os trabalhos de datação de amostras geológicas por termoluminescência | + | :utilização da termoluminescência para datação arqueológica e geológica, pois a quantidade de |
− | tomaram um grande impulso com os trabalhos de Johnson (Aitken; 1985), datando rochas | + | :impurezas presentes nas amostras já era um fato bastante conhecido, mas não havia sido feito |
− | presentes nas proximidades da intrusão da lava, a fim de determinar a época em que a mesma | + | :um estudo do seu papel na TL. |
− | fluiu pela região. Porém, nesta época, os pesquisadores encontravam diversas dificuldades na | + | :Subseqüentemente, com o estudo do mecanismo e do papel das impurezas na TL, McDougall (1968) em (Santos, 2002), a termoluminescência passou a |
− | utilização da termoluminescência para datação arqueológica e geológica, pois a quantidade de | + | :ser utilizada para datação arqueológica em diversos laboratórios pelo mundo. |
− | impurezas presentes nas amostras já era um fato bastante conhecido, mas não havia sido feito | + | :Imediatamente, após o início da década de 70, surgiram extensões do uso da datação por termoluminescência |
− | um estudo do seu papel na TL. Subseqüentemente, com o estudo do mecanismo e do papel | + | :para diversos materiais, como argilas queimadas, que potencialmente apresentam-se como uma ferramenta para o estudo da paleontologia, |
− | das impurezas na TL, McDougall (1968) em (Santos, 2002), a termoluminescência passou a | + | :onde o método do carbono 14 é limitado; a calcita para datação de estalagmite e a lava vulcânica para estudo em geologia, etc. |
− | ser utilizada para datação arqueológica em diversos laboratórios pelo mundo. Imediatamente, | + | :No Brasil, as primeiras datações por TL foram feitas no Instituto de Física da USP, por Szmuk e Watanabe em 1971, |
− | após o início da década de 70, surgiram extensões do uso da datação por termoluminescência | + | :quando dataram vasos cerâmicos e urnas funerárias encontradas no interior de São Paulo, dando seqüência a diversos trabalhos em vários sítios |
− | para diversos materiais, como argilas queimadas, que potencialmente apresentam-se | + | :arqueológicos pelo Brasil, como no Parque Nacional do Xingú Miyamoto e Watanabe.(1974), Araripe no Norte do Brasil Matsuoka (1984),(Santos,2002). |
− | uma ferramenta para o estudo da paleontologia, onde o método do carbono 14 é limitado; a | + | :Atualmente, têm sido feitas diversas datações por TL de materiais provenientes de |
− | calcita para datação de estalagmite e a lava vulcânica para estudo em geologia, etc. | + | :diversos locais do Brasil, realizadas pelo Laboratório de Vidros da FATEC/SP, no Instituto de Física da USP. |
− | No Brasil, as primeiras datações por TL foram feitas no Instituto de Física da USP, | + | :Em Sergipe, o potencial para datação arqueológica foi levantado após a implantação do Laboratório de Caracterização de Materiais, |
− | por Szmuk e Watanabe em 1971, quando dataram vasos cerâmicos e urnas funerárias | + | :posteriormente, Laboratório de Preparação e Caracterização de Materiais (LPCM), em 1992, no Departamento de Física da Universidade |
− | encontradas no interior de São Paulo, dando seqüência a diversos trabalhos em vários sítios | + | :Federal de Sergipe (UFS) e com a implantação do Projeto Arqueológico de Xingó, pois nos |
− | arqueológicos pelo Brasil, como no Parque Nacional do Xingú Miyamoto e Watanabe. | + | :sítios escavados na região foram encontradas grandes quantidades de materiais cerâmicos, |
− | (1974), Araripe no Norte do Brasil Matsuoka (1984), (Santos, 2002). | + | :levantando a possibilidade de formação de um grupo de datação arqueológica por TL no |
− | Atualmente, têm sido feitas diversas datações por TL de materiais provenientes de | + | :LPCM (Santos, 2002). |
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==Desenvolvimento== | ==Desenvolvimento== |
Edição das 21h52min de 4 de setembro de 2013
Luminescência Para compreender melhor o fenômeno de Termoluminescência (TL) , é necessário introduzir alguns conceitos básicos sobre a luminescência. Aluminescência é o fenômeno de emissão em forma de luz resultado de uma transição radiativa num átomo, íon, moçécula,radical ou cristal, de um estado eletrônico exitado ao estado fundamental ou a outro estado com menor energia. Ela pode ser considerada como uma conversão de outras formas de energia em luz. Portanto ao termo Termoluminescência (TL) é reservado para o caso em que um calor é adicionado artificialmente, para provocar a emissão da luz.
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História
- Segundo Becker (1973) há relatos de que alquimistas medievais já sabiam que certos
- minerais emitiam uma fraca luz no escuro quando os mesmos eram aquecidos.
- Contudo, possivelmente o primeiro relato de caráter científico do fenômeno da termoluminescência foi
- feito em 1663 por Robet Boyle, que notou uma “luz esmaecida” de um diamante quando
- submetida a um processo de aquecimento.
- Até 1940, ano em que foi inventada a fotomultiplicadora, o fenômeno da TL era
- utilizado, apenas, como ferramenta na identificação de minerais.
- Estimulado pelos trabalhos de Farrington Daniels na universidade de Wisconsin, em 1950, o fenômeno da
- termoluminescência passou a ser utilizado para realizar medidas de exposição à radiação
- nuclear, além de outras aplicações.
- Iniciou-se por volta deste período, também, o estudo do mecanismo envolvido com a termoluminescência, principalmente pelos trabalhos de Randall e
- Wilkins, em 1945, que formularam um modelo teórico para a curva de emissão.
- Todavia, a possibilidade do uso da termoluminescência na datação arqueológica e geológica só surgiu em
- 1953, sugerida por Daniels et al. (1953), e logo após com o trabalho apresentado por Kennedy e Knopf, em 1960, no Meeting of American Association for the Advance of Science,relatando resultados de datação por TL de amostras arqueológicas e de lava (Santos, 2002).
- Neste mesmo ano Grögler et al. (Tatumi, 1987) detectou que amostras cerâmicas apresentavam o fenômeno da termoluminescência, levantando assim, o potencial de utilização destes materiais para datação arqueológica.
- Em 1961, os trabalhos de datação de amostras geológicas por termoluminescência tomaram um grande impulso
- com os trabalhos de Johnson (Aitken; 1985), datando rochas presentes nas proximidades da intrusão da lava,
- a fim de determinar a época em que a mesma fluiu pela região.
- Porém, nesta época, os pesquisadores encontravam diversas dificuldades na
- utilização da termoluminescência para datação arqueológica e geológica, pois a quantidade de
- impurezas presentes nas amostras já era um fato bastante conhecido, mas não havia sido feito
- um estudo do seu papel na TL.
- Subseqüentemente, com o estudo do mecanismo e do papel das impurezas na TL, McDougall (1968) em (Santos, 2002), a termoluminescência passou a
- ser utilizada para datação arqueológica em diversos laboratórios pelo mundo.
- Imediatamente, após o início da década de 70, surgiram extensões do uso da datação por termoluminescência
- para diversos materiais, como argilas queimadas, que potencialmente apresentam-se como uma ferramenta para o estudo da paleontologia,
- onde o método do carbono 14 é limitado; a calcita para datação de estalagmite e a lava vulcânica para estudo em geologia, etc.
- No Brasil, as primeiras datações por TL foram feitas no Instituto de Física da USP, por Szmuk e Watanabe em 1971,
- quando dataram vasos cerâmicos e urnas funerárias encontradas no interior de São Paulo, dando seqüência a diversos trabalhos em vários sítios
- arqueológicos pelo Brasil, como no Parque Nacional do Xingú Miyamoto e Watanabe.(1974), Araripe no Norte do Brasil Matsuoka (1984),(Santos,2002).
- Atualmente, têm sido feitas diversas datações por TL de materiais provenientes de
- diversos locais do Brasil, realizadas pelo Laboratório de Vidros da FATEC/SP, no Instituto de Física da USP.
- Em Sergipe, o potencial para datação arqueológica foi levantado após a implantação do Laboratório de Caracterização de Materiais,
- posteriormente, Laboratório de Preparação e Caracterização de Materiais (LPCM), em 1992, no Departamento de Física da Universidade
- Federal de Sergipe (UFS) e com a implantação do Projeto Arqueológico de Xingó, pois nos
- sítios escavados na região foram encontradas grandes quantidades de materiais cerâmicos,
- levantando a possibilidade de formação de um grupo de datação arqueológica por TL no
- LPCM (Santos, 2002).
Desenvolvimento
Modelos Semi-empíricos
Aplicações
Referências
McKeever, S.W.S. Thermoluminescence of Solids
Radiation Measurements Volume 35, Issue 1, January 2002, Pages 47–57
Thermo1
Thermo2
wiki - Ing
- Thermoluminescence pdf