Mudanças entre as edições de "FORMATOS DE INTERCÂMBIO DE REGISTROS BIBLIOGRÁFICOS"

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BALBY, Claudia Negrão. Formatos de intercâmbio de registros bibliográficos: conceitos básicos. Caderno da FFC, Marília, v. 4, n. 1, p. 29-35, 1995.
 
BALBY, Claudia Negrão. Formatos de intercâmbio de registros bibliográficos: conceitos básicos. Caderno da FFC, Marília, v. 4, n. 1, p. 29-35, 1995.
  
O texto da autora supracitada se inicia com uma digressão quanto ao uso da tecnologia na biblioteconomia, deixando claro que neste âmbito a tecnologia não se constitui propriamente como uma novidade, como se é caracterizado em nossa cultura.
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O texto da autora aqui reenhada se inicia com uma digressão quanto ao uso da tecnologia na biblioteconomia, deixando claro que neste âmbito a tecnologia não se constitui propriamente como uma novidade, como se é caracterizado em nossa cultura.
  
 
Balby mostra que desde o século XIX, na área de biblioteconomia, a utilização de artefatos tecnológicos como a estereotipia ou a tipografia, passaram a fazer parte do dia-a-dia do profissional bibliotecário.
 
Balby mostra que desde o século XIX, na área de biblioteconomia, a utilização de artefatos tecnológicos como a estereotipia ou a tipografia, passaram a fazer parte do dia-a-dia do profissional bibliotecário.

Edição atual tal como às 07h30min de 27 de novembro de 2007

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSIFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO

BRUNOCESAR RODRIGUES




RESENHA – FORMATOS DE INTERCÂMBIO DE REGISTROS BIBLIOGRÁFICOS



Trabalho apresentado como requisito parcial de aprovação na disciplina Representação Descritiva II, ministrada no segundo semestre de 2007, no curso de Ciências da Informação e Documentação.

Docente: Cristina Dotta Ortega.





Ribeirão Preto 2007

BALBY, Claudia Negrão. Formatos de intercâmbio de registros bibliográficos: conceitos básicos. Caderno da FFC, Marília, v. 4, n. 1, p. 29-35, 1995.

O texto da autora aqui reenhada se inicia com uma digressão quanto ao uso da tecnologia na biblioteconomia, deixando claro que neste âmbito a tecnologia não se constitui propriamente como uma novidade, como se é caracterizado em nossa cultura.

Balby mostra que desde o século XIX, na área de biblioteconomia, a utilização de artefatos tecnológicos como a estereotipia ou a tipografia, passaram a fazer parte do dia-a-dia do profissional bibliotecário. A utilização destas tecnologias visava a redução de trabalhos repetitivos. No caso abordado por ela em seu texto, Charles Coffin Jewet foi um dos primeiros a pensar o uso da tecnologia a favor do trabalho do profissional bibliotecário.

Jewet propôs a Catalogação Cooperativa, onde uma obra (livros, artigo etc.) seria catalogado uma única vez e as fichas catalográficas seriam repassadas às outras unidades bibliotecárias mediante cooperação. Em outras palavras, antes de catalogar uma obra, o bibliotecário deveria buscar onde aquela obra já havia sido catalogada, caso sim, esforços deveriam ser envidados para se ter acesso a tal catalogação, caso não, fazer-se-ia a catalogação desta obra e deixá-la-ia disponível às outras unidades cooperativas. Essa idéia da catalogação cooperativa nos acompanha até a atualidade.

A Library of Congress (LC), no início do século XX, é quem ampliou a idéia de Jewet e produziu jogos de fichas catalográficas e os vendia às bibliotecas interessadas. Com isso, surgiu a discussão da padronização da catalogação, o que culminou no AACR.

Com a facilidade tecnológica oferecida pelo computador ao trabalho de catalogação, iniciou-se um projeto piloto cujo nome era MARC (Machine Readable Cataloguing). Com esse projeto, a forma de registrar padronizadamente também começou a ser discutida no âmbito profissional e acadêmico, permitindo que qualquer computador ou diferentes programas fossem capazes de processar os diferentes elementos da descrição bibliográfica. Essa necessidade de padronização também das formas de registros deu início aos Formatos de Intercâmbio de Registros Bibliográficos em Meio Magnético, sendo que a norma pioneira foi elaborada pela LC e cuja denominação foi Formato MARC.

Existe mais de um formato existente, em geral, são: formatos de entrada, de armazenamento interno e de intercâmbio. O primeiro é utilizado pelo catalogador na entrada dos dados, segundo Balby, "um bom formato de entrada deve ser fácil de entender, ser próximo da forma de trabalho de quem coleta dados para o sistema, e possibilitar o preenchimento imediato, sem recursos a manuais separados de instruções" (BALBY, 1995, p. 31). O formato de armazenamento interno é o formato de alocação/distribuição dos dados nas memórias de massa do computador. E o terceiro formato, o de intercâmbio, "é o formato gerado por programa, a partir do formato de armazenamento interno, com o fim de possibilitar a incorporação e interpretação de dados bibliográficos por sistemas e computadores diferentes" (BALBY, 1995, p. 31). Como exemplo de formatos de intercâmbio temos o MARC, o IBICT, o CCF e o UNISIST.

Os formatos de intercâmbio são formados de três componentes básicos, porém, esses componentes não serão aqui comentados por falta de compreensão, por parte deste que escreve, do que realmente representam tais componentes.

A autora comenta a iniciativa brasileira de Alice Príncipe Barbosa, com a adaptação do projeto MARC para a realidade brasileira, resultando no Formato CALCO. A Fundação Getulio Vargas constituiu uma rede de catalogação cooperativa denominada BIBLIODATA/CALCO. O formato IBICT, também brasileiro, já existia antes do CALCO. Balby também comenta a dificuldade no processo cooperativo entre bibliotecas no Brasil, visto o fato de cada uma adotar uma estrutura diferenciada para sua catalogação. Muitas não se interessam pelo trabalho já existente e preferem realizá-lo da maneira que lhe convém. Mesmo com a maioria das bibliotecas utilizando o software MicroISIS, desenvolvido pela UNESCO, e existir no país um formato padrão, o IBICT, preparado e distribuído pela mesma instituição que distribui o MicroISIS no Brasil, não há aproveitamento de dados feitos por outras bibliotecas. Tem-se que realizar reestruturações para reaproveitamento de tais dados.

A autora diz que é necessário mudar a forma de se pensar a catalogação. Muitos acreditam que esse trabalho deve ser "origina", não fazendo uso de cópias de fichas catalográficas já executadas por outras bibliotecas, reduzindo o trabalho repetitivo realizado pelos profissionais catalogadores.

Enfim, o texto escrito por Balby vem pontuar, de forma até histórica, algumas passagens que indicam o desenvolvimento dos formatos de intercâmbio, seguindo desde a proposta de catalogação cooperativa, com Jewet, até os formatos em si. Porém, este trabalho foi desenvolvido de maneira simples, apenas pontuando tais passagens, sem se preocupar em aprofundar o assunto e realmente explicar com mais detalhes o que vem a ser o projeto e o formato MARC, quais suas reais funções, objetivos missões etc. para que o leitor "leigo", ou menos preparado, possa se orientar melhor. Este não deixa de ser um texto importante para a área, porém, a meu ver, ele é destinado àqueles que possuem conhecimentos mais amplos quanto aos assunto abordado, visando apenas retomar alguns pontos como forma de rememoração. É um texto simples, pequeno e fácil de se ler, mas requer complementos para poder definir melhor o assunto abordado no mesmo.

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