Carta pelas plataformas abertas na USP
Carta pelas plataformas abertas na USP
Através desta carta, nos manifestamos a favor da utilização de plataformas abertas para a discussão na Universidade de São Paulo. [Esclarecer o que são plataformas abertas para discussão; citar a importância destas para o desenvolvimento do conhecimento e outras universidades de renome que se valem deste recurso].
O projeto Stoa propunha-se a atender tal demanda, permitindo a alunos, ex-alunos, professores e funcionarios o engajamento em discussões públicas, pertinentes ou não à Universidade, referentes ou não às suas políticas, e permitindo a todos estes o exercício acadêmico.
[Explicar por quê é importante envolver toda a comunidade USP neste projeto].
Contudo, temos razões para crer que, dentro da forma atual de funcionamento da Universidade, tal inovação na construção do conhecimento não é possível.
No mês de abril, um ex-aluno teve todo o seu conteúdo removido do projeto Stoa devido a seus textos de conotação política publicados dentro do projeto. Um deles, claramente em tom humorístico, foi publicado em 1o. de abril de 2009, aproximadamente às 18 horas, e esclarecido como texto humorístico de 1o. de abril à meia noite do dia 2 de abril. Houve mais algumas edições ao texto para melhor esclarecê-lo, uma vez que este texto gerou uma repercussão negativa.
O texto pode ser encontrado na íntegra em [http://blogdotom.wordpress.com/governador-avalia-planos-de-privatizacao-da-usp-em-reuniao-com-reitora/ ]
O autor publicou um pedido de desculpas no projeto Stoa dia 23 de abril. O texto na íntegra está em [1]
O texto que causou maior repercussão foi, contudo, a divulgação na mídia de um "post" que já existia a mais de um ano no projeto Stoa, ironizando a frequência das greves na universidade, fato amplamente conhecido por quem faz ou fez parte da comunidade USP. A matéria no jornal eletrônico UOL pode ser encontrada em [2]
A partir deste momento, o usuário do sistema teve todos os seus textos removidos, por ordem de Gil da Costa Marques, diretor da Coordenadoria de Tecnologia e Informação da USP. Através de declarações iniciais, posteriormente desmentidas por ele mesmo, tal ato foi tomado após pressões da Reitoria da USP. O envolvimento da Reitoria neste assunto não foi comprovado, e até o momento, não houve manifestação da Reitoria sobre o ocorrido.
Não houve qualquer deliberação pública a respeito da validade desta atitude antes de sua tomada. Entendemos que o ato de apagar os textos do autor e removê-lo do projeto Stoa configura perseguição política e censura, ambos inaceitáveis de serem cometidos em qualquer área da sociedade, principalmente em uma universidade pública.
Afim de fortalecer a possibilidade da utilização de plataformas abertas para a discussão dentro da USP, sugerimos que as seguintes medidas sejam tomadas:
Para que tenhamos claro que a Universidade de São Paulo não é lugar onde a perseguição política e a censura possam proliferar-se; que a Universidade zela pela liberdade de pensamento, opinião e expressão, e desta forma, preparar o terreno para que a utilização de plataformas abertas para a discussão sejam possíveis, solicitamos as seguintes medidas:
1 - Esclarecimento pelas partes envolvidas e supostamente envolvidas no ocorrido (a saber, Gil da Costa Marques, diretor do CTI, e a Reitoria da USP) sobre os seguintes pontos:
- Qual a base jurídica sobre a qual se justifica a remoção dos textos do usuário Everton Zanella Alvarenga;
- Qual o envolvimento da Reitoria da USP no ocorrido;
- Quais atitudes futuras serão tomadas para preservar a plataforma Stoa de atos que possam ser compreendidos como censura e perseguição política.
2 - Adesão do projeto Stoa à carta de princípios para mutirões pelo conhecimento livre: O texto na íntegra pode ser encontrado em [3]