Produção Gráfica (CRP-0357, ECA)/Perfis/not/Luana Carolina Baio

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Elementos do design

Ritmo e fluxo

Uma boa maneira de se explicar a importância do fluxo e ritmo no design é exemplificando através de páginas da web. Na internet, essa importância se faz ainda mais visível, uma vez que uma boa navegação depende do bom uso desses dois elementos.

Originalmente, costuma-se dizer que, para que uma página seja bem entendida pelo usuário, ela precisa ser óbvia. Daí, surgem correntes que acreditam que para isso, elas precisam apresentar apenas elementos que já tenham sido assimilados pelo usuário web. Por exemplo, acreditam que todos os links devem ser representados na forma texto, em cor azul, da maneiro como foi inicialmente concebida na web e tornou-se mais popular. Porém, não estaria este tipo de uso barrando o trabalho criativo dentro da web e, consequentemento, o seu desenvolvimento?

Pessoalmente, eu acredito que o design possui diversos elementos que conseguem fazer uma página extremamente óbvia, sem prejudicar a criatividade. E ritmo e fluxo são dois elementos importantíssimos nessa tarefa.

Abaixo, temos o exemplo do site Color in Motion [1], que tem como intuito oferecer uma experiência a respeito das cores e de como elas comunicam. Vale notar que o site foge de tudo o que é comum na web, mas é muito fácil navegar pelo mesmo. Neste caso, é o uso correto das cores e dos elementos gráficos que estabelece uma unidade ao site e guia o usuário através do mesmo. São eles quem vão determinar qual caminho os olhos do seu internauta deverão seguir, atribuindo uma hierarquia ao seu conteúdo. Este é um artifício que facilita uma melhor experiência do usuário.

site_cores.gif

Neste caso particular, o site é composto por elementos gráficos / desenhos muito simples, e as cores são utilizadas apenas na ambientação dos "bonecos". Esses elementos se repetem em todo o site, garantindo ritmo e fluxo ao mesmo e fazendo com que, apesar dos menus não serem menus convencionais, nem existir uma indicação tradicional para elementos clicáveis, o site seja extremamente funcional.

Hierarquia

Normalmente, utilizamos esta palavra para designar uma distribuição ordenada de poderes, raduação de autoridade.

O termo aplicado ao design não muda em sua assência e pode ser aplicado exatamente da mesma forma. Imagine que você, estagiário, faz parte de uma equipe, onde você precisa responder diretamente a um coordenador, que por sua vez respode a um gerente, que por sua vez responde a um diretor, que vai responder a uma outra pessoa e por aí em diante. Amigo, sinto lhe informar que, dentro deste grupo, apesar de todo seu valor e importância, você é visto como a pecinha mais irrelevante dentro do conjunto. Sim, se sua equipe fosse uma peça gráfica, você provavelmente seria aquela letrinha miúda no pé da página que, pode até dizer algo importante, mas não precisa ser destacado.

Comparações à parte, vamos falar de hierarquia em design. Ela nada mais é do que a organização do que é mais e menos relevante para ser enxergado dentro de uma peça. Porém, muito cuidado com a palavra "relevância", e não a confunda com "importância". Por exemplo: em um cartaz de um evento, onde temos o título, a data, o local e a programação. Temos a seguinte ordem de relevância:

1- Título / Nome do evento

2- Subtítulo

3- Data

4- Local / Programação

Isso não quer dizer, porém, que o nome do evento é mais importante do que saber onde ele acontece, mas sim quer dizer que, dentro desta peça gráfica, é muito mais relevante que se destaque o título, e depois o subtítulo, uma vez que é isso o que chamará a atenção/interesse de quem lê a peça. As demais informações, apesar de muito importantes, têm relevância um pouco menor dentro da peça, uma vez que, se a pessoa já foi atraída por ela através do título, esta vai buscar outras informações na peça, invariavelmente.

Podemos estabelecer uma hierarquia visual de diversas formas: através do tamanho das letras utilizadas, através de cores, agrupamento, etc. O importante é que a peça consiga ser lida por todas as pessoas seguindo mais ou menos um mesmo padrão. Primeiro enxerga-se o elemento X, depois o Y e depois o Z.

Bom vs. Mau design

Bom design

Exemplo 1:

nike.jpg

Esta peça da Nike foi criada para comemorar o campeonato mundial vencido pela seleção italiana de futebol. Todas as peças seguiam os moldes das propagandas antigas, e cada uma atribuia um produto a um dos jogadores. O jogador em questão é Materazzi e a peça diz: “Armário Materazzi. Líder mundial em solidez à prova de cabeçadas.“

Considero um bom design, uma vez que consegue atender a alguns quesitos:

  • Apesar das letras decorativas, possui uma boa legibilidade. Além disso, o emprego da letra tem uma razão de ser e está coerente com o restante da peça;
  • A peça causa impacto, existe uma correspondência perfeita entre imagem e texto, que consegue transmitir a mensagem de maneira eficiente e direto ao ponto;
  • Não existe um excesso de elementos, o layout é clean fazendo com que a pessoa que vê a peça não se perca na mesma.

Exemplo 2:

dan_shapovalov.jpg

Apesar do desconhecimento do contexto da peça, pode-se afirmar que é um bom design no que diz respetito a:

  • O bom uso das cores (no caso, o vermelho como destaque) para reproduzir, juntamente com o estilo de ilustração, uma época e um local;
  • O uso da tipografia, apesar de aparentemente confuso, devido aos vários tipos de letras e tamanhos, tem uma razão de ser, e consegue reproduzir, através de sua forma, a visão do diabo.

Mau design

Exemplo 1:

cartaz_filme.jpg

Pôster do filme “Muito Gelo de Dois Dedos D’água”, é um exemplo de mau design porque não passa mensagem alguma, não causa nenhum impacto e ainda possui uma produção é mal feita. As imagens são pixalizadas e mal recortadas e as cores muito mal utilizadas.

Exemplo 2:

tosco.jpg

É exemplo de mau design porque:

  • O cartaz não teve cuidado nenhum no que diz respeito à escolha das letras e à disposição do conteúdo. Elementos como negrito foram usados sem um pensamento prévio, e o excesso de uso acabou fazendo com que nada fosse destacado no cartaz;
  • Nem mesmo um espaço de margem nas laterais foi respeitado. As frases começam muito no canto do cartaz, deixando-o desarmonioso;
  • A escolha das cores também não foi boa, deixou tudo muito apagado. A figura, que toma um terço do espaço, não diz absolutamente nada, não é relevante;
  • Cartaz não possui uma hierarquia para a leitura das informações. A única diferenciação feita é no tamanho do título;
  • Alinhamento é diferente em diferentes partes do cartas: hora é centralizado, hora é à esquerda.

Designers históricos: Roman Cieslewicz

Exemplo 1:

amadeus.jpg

Considero ser bom o design do seguinte pôster, principalmente devido à forma como dois elementos distintos (a foto de Mozart e a gravura do piano) são misturados, gerando uma imagem com novo significado. A pauta musical, inserida sobre o rosto do compositor e as notas substituindo seus olhos, deram à imagem um ar infantil.

Exemplo 2:

sarajevo.jpg

Cielewicz desenvolveu alguns trabalhos extremamente críticos, e sabia exatamente como gerar o devido impacto em suas obras. Na que segue, alguns elementos marcam essa característica: o uso da cor vermelha como única cor do pôster, a concentração da maior parte do conteúdo na parte superior (gerando desconforto visual), tudo isso contribui para que o conteúdo seja apresentado de maneira impactante.

Cor aprendida X Cor apreendida

Vejamos a sequência de 3 fotos do nosso amigo Young:

young.gif

Essas fotos foram tiradas com pouquíssimo tempo de diferença, e sem nenhuma alteração na iluminação. O que mudou, foram apenas as características da máquina, como abertura do diafragma e tempo de exposição à luz. Os resultados, como se pode ver, são bem diferentes. E seguramente, senhuma dessas fotos consegue reproduzir fielmente a visão do fotógrafo.

Assim funciona a visão humana. A maneira como vemos as cores depende diretamente da quantidade de luz que chega aos nossos olhos e de tantos outros fatores. Porém, já é característica do ser humano estabelecer padrões, criar generalizações, para simplificar a maneira de ver o mundo e perceber as coisas.

As cores nada mais são do que isso. Agrupar tonalidades em grupos menores, uma vez que seria impossível criar nomes para todas as cores que enxergamos.

Aí entramos em tudo o que já foi dito nesta wiki antes: se não podemos afirmar a cor do céu, ou do mar, ou de nada neste mundo, como fazemos? Usamos nossas generalizações e, já que na maioria daz vezes é azul que vemos o céu, é assim que o vamos retratar na maioria das vezes, não importa se chove ou se faz sol.

Projeto gráfico

(Justificativas não se encontram concentradas em um tópico específico do projeto, e sim presentes no decorrer da descrição do mesmo)

Briefing

Objetivos do projeto: Trata-se de uma revista que visa promover o turismo na cidade de São Paulo e mostrar opções interessantes, baratas e de fácil acesso à população. A idéia é ser um guia que mostre, através do caminho por onde as pessoas passam todos os dias (metrô, trem, terminais de ônibus...), o que há para ser visto em cada uma das estações.

Público-alvo preferencial: Pessoas de todas as idades, residentes na cidade de São Paulo e que utilizam transporte público, principalmente trens e metrôs.

Mensagem a enviar: O intuito é mostrar que a cidade e os locais por onde a população costuma passar todos os dias possuem uma história e diversas curiosidades, e que vale a pena parar para prestar atenção nelas, ao invés de ficar em casa. Cada edição terá um foco diferente, mas sempre partindo do ponto que é fácil encontrar cultura e entretenimento em SP e mais fácil ainda chegar até lá.

Resposta esperada: Promover o turismo na cidade, pelos seus próprios moradores.

Distribuição: A revista será semanal e cada edição trará um roteiro turístico envolvendo uma estação diferente. Será distribuída junto com o Jornal do Trem, em estações de trem e terminais de ônibus (150 mil exemplares) e separadamente nas estações de metrô das linhas Verde e Azul (350 mil exemplares).

Especificações do projeto gráfico

Entrelinha utilizada:

16 pt

Quantidade de páginas:

24 páginas

Dimensões da página fechada

Por ser um guia, este deve possuir um formato que caiba em qualquer bolsa. Uma vez que a distribuição é gratuita, deve ser levado em conta um formato em que o aproveitamento de papel seja o maior possível. Logo, temos:

 Centímetros: 21 x 14,8 cm
 Pontos: 597,2 x 422,1 pt
 Linhas: 37 + 5,2pt x 26 + 6,1pt

Margens

 Interna: 2 linhas + 6,1pt
 Externa: 2 linhas
 Superior: 2 linhas
 Inferior: 2 linhas + 5,2 pt

Colunas

 Largura da coluna: 10 linhas
 Entre colunas: 2 linhas
 Colunas por página: 2

Tipografia

A publicação em questão é uma revista que será lida, na maioria das vezes, em transporte público. Por isso, a leitura deve ser leve e não deve cansar. Logo, optou-se por entrelinhas grandes e uma letra semi-serifada.

Título:

 Rotis Sans Serif
 Corpo: 36 pt
 Entrelinha 38pt

Subtítulo:

 Rotis Sans Serif
 Corpo: 18 pt
 Entrelinha 22pt

Texto:

 Rotis Sans Serif
 Corpo: 12 pt
 Entrelinha 16pt

Notas:

 Rotis Sans Serif
 Corpo: 10 pt
 Entrelinha 11pt

Destaques:

 Rotis Sans Serif
 Corpo: 16 pt
 Entrelinha 16pt

Grid

Capa

Por ser uma publicação que visa expandir o turismo, é necessário que a capa tenha um forte apelo visual. Para isso, optou-se por uma capa bem simples, apenas com o nome da revista no topo da página e o destaque de capa abaixo, à esquerda. O restante da página será ocupado por uma imagem.

capa_final.gif

Página esquerda / Apresentação da estação

Cada edição da revista falará de uma estação diferente. Esta página será a encarregada de comunicar um pouco sobre a estação a ser tratada na edição corrente. Para isso, serão usados os seguintes elementos: texto, imagem e destaque. Os textos da 1a e 2a coluna são independentes, isto é, podem ser interrompidos por outros elementos sem prejudicar o fluxo de leitura. Por exemplo: o texto da primeira coluna pode ser um breve histórico da estação. Na segunda coluna, optou-se por colocar imagem e destaque acima do restante do texto, para que o leitor possa parar, observar a imagem, ler o destaque (que será alguma curiosidade, trecho de música ou citação de pessoas importantes a respeito do lugar") e só depois prosseguir com a leitura. O texto da segunda coluna, por sua vez, já trata de outro assundo, como por exemplo, uma prévia do que será visto na revista.

pagina_esquerda_final.gif

Página direita / Apresentação de roteiros

Após apresentação da estação, serão apresentados, no restante da revista, pontos turísticos próximos à mesma.

A hierarquia é estabelecida através da marcação, no topo da página, do nome da estação. Apenas depois, segue o título da matéria.

Optou-se por colocar o texto todo em uma coluna, e, na outra, os demais elementos, com o fim de agrupar diferentes tipos de conteúdo, gerando uma diferenciação clara entre eles. Assim, ao ler o texto, o leitor não interromperá a leitura para olhar a figura, e vice-versa.

pagina_direita_final.gif

Página central

A página central tem o intuito de orientar o leitor através do mapa da malha ferroviária urbana da cidade de São Paulo. Uma vez que a publicação não terá muitas páginas, não haverá muita perda de conteúdo na região central da página.

pagina_central_final.gif

Memorial de gráfica

Todas as especificações de gráfica levaram em conta que a publicação, por ser de distribuição gratuita, precisa cortar o máximo de custos. Logo, buscou-se o maior aproveitamento de papel possível, além de escolhas de papel que não encarecessem demais o projeto.

Porém, por se tratar de uma publicação de turismo, cujo apelo visual precisa ser alto, não foi possível cortar custos em alguns pontos, como quantidade de cores, por exemplo.

  • Suporte:
Capa: 	couche brilho 75g/m² l2
Demais págs: papel jornal 90g/m²
  • Processo: offset
  • Cores: 4 cores
  • Formato do papel: 660x960 mm
  • Aproveitamento do papel: 18 páginas por folha
  • Formato do Layout fechado: 210 x 148 mm
  • Formato do layout Aberto: 210 x 297 mm
  • Quantidade de Lâminas: 1
  • Quantidade de páginas: 36
  • Processo especial : não
  • Tinta especial: não
  • Imagens: resolução de 300 DPI
  • Acabamento: grampo duplo interno
  • Tiragem: 500 mil exemplares
  • Distribuição: Por transportadora

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