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+ | == Tipos de Eclipse == | ||
+ | *'''Solar''': O eclipse solar é um fenômeno que ocorre quando a Lua se coloca em alinhamento entre o Sol e a Terra. Nessa posição, o satélite projeta sua sombra sobre o astro solar, encobrindo-o total ou parcialmente para quem o observa de algumas regiões daqui. Como o plano de órbita da Lua em torno da Terra não coincide com o do planeta em torno do Sol - há uma inclinação de aproximadamente 5 graus - o fenômeno não ocorre com tanta frequência. Podem-se observar pelo menos dois eclipses solares e dois lunares ao ano. "Se os planos de órbita fossem os mesmos, teríamos eclipses solares em todas as luas novas e lunares em todas as luas cheias", explica o professor Enos Picazzio, do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). "Mas durante os 28 dias que completa seu trajeto em torno da Terra, a Lua só cruza o outro plano duas vezes e, nessas ocasiões, é muito difícil estar alinhada ao Sol".<ref>[http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/eclipse-solar-sol-terra-lua-planetas-486133.shtml Eclipse Solar]</ref><br /> | ||
+ | *'''Lunar''': Um eclipse lunar ocorre quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra sobre o satélite. Durante o ciclo lunar de 29,5 dias, a Lua apresenta suas fases em relação à Terra. Na fase Nova, acontece um alinhamento Sol-Lua-Terra, e o observador terrestre não pode ver a face iluminada da Lua, pois ela não está voltada para o nosso planeta. É como se o satélite estivesse "de costas" para a Terra, com a frente iluminada. A fase Cheia acontece quando a Terra toma a posição mediana do alinhamento. Alinham-se Sol-Terra-Lua e, desta forma, a face iluminada do satélite volta-se para a Terra. Todo o disco lunar fica visível e temos as belas noites de Lua Cheia. Os eclipses lunares ocorrem sempre na fase Cheia, pois é nesta ocasião que a Terra está posicionada entre o Sol e a Lua. Mas há um fato que impede de haver um eclipse lunar a cada Lua Cheia. É a inclinação da órbita lunar. | ||
== Geometria da sombra == | == Geometria da sombra == | ||
A iluminação de um corpo extenso opaco por uma corpo extenso com luz própria(fonte) define três regiões de sombra: | A iluminação de um corpo extenso opaco por uma corpo extenso com luz própria(fonte) define três regiões de sombra: | ||
− | *umbra: região da sombra com ausência de luz, a qual é completamente obstruída pelo corpo opaco. Um observador situado nesta região verifica um eclipse total da fonte. | + | *'''umbra''': região da sombra com ausência de luz, a qual é completamente obstruída pelo corpo opaco. Um observador situado nesta região verifica um eclipse total da fonte. |
− | *penumbra: região da sombra na qual apenas uma parte da fonte é obscurecida pelo corpo opaco. A partir desta região observa-se um eclipse parcial da fonte. O corpo opaco é observado parcialmente dentro da secção transversal da fonte observada. | + | *'''penumbra''': região da sombra na qual apenas uma parte da fonte é obscurecida pelo corpo opaco. A partir desta região observa-se um eclipse parcial da fonte. O corpo opaco é observado parcialmente dentro da secção transversal da fonte observada. |
− | *antumbra: região da sombra parcialmente iluminada e a partir da qual um observador verifica o corpo opaco totalmente dentro da secção transversal da fonte observada. Observa-se nesta região o eclipse anular. | + | *'''antumbra''': região da sombra parcialmente iluminada e a partir da qual um observador verifica o corpo opaco totalmente dentro da secção transversal da fonte observada. Observa-se nesta região o eclipse anular. |
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Consideremos um corpo luminoso esférico de raio R a uma distância d de uma esfera opaca de raio R'. A umbra originada a partir do corpo opaco tem o formato de um cone, cuja altura é o tamanho da sombra. | Consideremos um corpo luminoso esférico de raio R a uma distância d de uma esfera opaca de raio R'. A umbra originada a partir do corpo opaco tem o formato de um cone, cuja altura é o tamanho da sombra. | ||
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− | *L | + | *''L'' = comprimento do cone de sombra, isto é, comprimento da umbra em formato de cone |
− | *d | + | *''d'' = distância da fonte ao corpo opaco |
− | *R | + | *''R'' = raio da fonte luminosa esférica |
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Por semelhança de triângulos temos que:<br /> | Por semelhança de triângulos temos que:<br /> | ||
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+ | A seguir vamos determinar o tamanho da sombra a uma certa distância ''l'' da esfera opaca. Como a sombra é cônica, sua forma em qualquer ponto é circular.<br /> | ||
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− | *r(l)=raio da sombra à distância l da esfera opaca | + | *''r(l)'' = raio da sombra à distância l da esfera opaca |
− | *L=comprimento da sombra | + | *''L'' = comprimento da sombra |
− | *R'=raio da esfera opaca | + | *''R''' = raio da esfera opaca |
− | Novamente por semelhança de triângulos temos que:<br /> | + | Novamente por semelhança de [[:pt:triângulo|triângulos]] temos que:<br /> |
:<math>\frac{r(l)}{L-l}=\frac{R'}{L}</math> | :<math>\frac{r(l)}{L-l}=\frac{R'}{L}</math> | ||
− | E o raio da sombra à distância l da esfera opaca é: | + | E o raio da sombra à distância ''l'' da esfera opaca é: |
− | :<math>r(l)=R' \frac{L-l}{L}</math> | + | :''<math>r(l)=R' \frac{L-l}{L}</math>'' |
− | Referências | + | ==Referências== |
<references/> | <references/> | ||
− | + | [http://astro.if.ufrgs.br/eclipses/eclipse.htm http://astro.if.ufrgs.br/eclipses/eclipse.htm] | |
== Grupo colaborador == | == Grupo colaborador == | ||
− | Laís Marina Banov<br /> | + | [[:pt:Laís Marina Banov|Laís Marina Banov]]<br /> |
− | Francisco Soares de Oliveira (soaresmontanha@gmail.com) | + | [[:pt:Francisco Soares de Oliveira|Francisco Soares de Oliveira]] (soaresmontanha@gmail.com) |
Edição atual tal como às 19h53min de 17 de dezembro de 2014
Eclipse
Eclipse é a ocultação da visão de um corpo, quando este entra na sombra(umbra) de outro corpo. Então,quando a Lua entra na sombra da Terra, ocorre o eclipse lunar. E quando a Terra entra na sobra da Lua temos o eclipse solar.
[1]
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[editar] Tipos de Eclipse
- Solar: O eclipse solar é um fenômeno que ocorre quando a Lua se coloca em alinhamento entre o Sol e a Terra. Nessa posição, o satélite projeta sua sombra sobre o astro solar, encobrindo-o total ou parcialmente para quem o observa de algumas regiões daqui. Como o plano de órbita da Lua em torno da Terra não coincide com o do planeta em torno do Sol - há uma inclinação de aproximadamente 5 graus - o fenômeno não ocorre com tanta frequência. Podem-se observar pelo menos dois eclipses solares e dois lunares ao ano. "Se os planos de órbita fossem os mesmos, teríamos eclipses solares em todas as luas novas e lunares em todas as luas cheias", explica o professor Enos Picazzio, do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). "Mas durante os 28 dias que completa seu trajeto em torno da Terra, a Lua só cruza o outro plano duas vezes e, nessas ocasiões, é muito difícil estar alinhada ao Sol".[2]
- Lunar: Um eclipse lunar ocorre quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra sobre o satélite. Durante o ciclo lunar de 29,5 dias, a Lua apresenta suas fases em relação à Terra. Na fase Nova, acontece um alinhamento Sol-Lua-Terra, e o observador terrestre não pode ver a face iluminada da Lua, pois ela não está voltada para o nosso planeta. É como se o satélite estivesse "de costas" para a Terra, com a frente iluminada. A fase Cheia acontece quando a Terra toma a posição mediana do alinhamento. Alinham-se Sol-Terra-Lua e, desta forma, a face iluminada do satélite volta-se para a Terra. Todo o disco lunar fica visível e temos as belas noites de Lua Cheia. Os eclipses lunares ocorrem sempre na fase Cheia, pois é nesta ocasião que a Terra está posicionada entre o Sol e a Lua. Mas há um fato que impede de haver um eclipse lunar a cada Lua Cheia. É a inclinação da órbita lunar.
[editar] Geometria da sombra
A iluminação de um corpo extenso opaco por uma corpo extenso com luz própria(fonte) define três regiões de sombra:
- umbra: região da sombra com ausência de luz, a qual é completamente obstruída pelo corpo opaco. Um observador situado nesta região verifica um eclipse total da fonte.
- penumbra: região da sombra na qual apenas uma parte da fonte é obscurecida pelo corpo opaco. A partir desta região observa-se um eclipse parcial da fonte. O corpo opaco é observado parcialmente dentro da secção transversal da fonte observada.
- antumbra: região da sombra parcialmente iluminada e a partir da qual um observador verifica o corpo opaco totalmente dentro da secção transversal da fonte observada. Observa-se nesta região o eclipse anular.
[editar] Cálculo do comprimento da sombra
Consideremos um corpo luminoso esférico de raio R a uma distância d de uma esfera opaca de raio R'. A umbra originada a partir do corpo opaco tem o formato de um cone, cuja altura é o tamanho da sombra.
Sendo:
- L = comprimento do cone de sombra, isto é, comprimento da umbra em formato de cone
- d = distância da fonte ao corpo opaco
- R = raio da fonte luminosa esférica
- R' = raio da esfera opaca
Por semelhança de triângulos temos que:
E portanto a altura do cone de sombra (L) é:
[editar] Cálculo do raio da sombra
A seguir vamos determinar o tamanho da sombra a uma certa distância l da esfera opaca. Como a sombra é cônica, sua forma em qualquer ponto é circular.
Sendo:
- r(l) = raio da sombra à distância l da esfera opaca
- L = comprimento da sombra
- R' = raio da esfera opaca
Novamente por semelhança de triângulos temos que:
E o raio da sombra à distância l da esfera opaca é:
[editar] Referências
http://astro.if.ufrgs.br/eclipses/eclipse.htm
[editar] Grupo colaborador
Laís Marina Banov
Francisco Soares de Oliveira (soaresmontanha@gmail.com)