Produção Gráfica (CRP-0357, ECA)/Perfis/not/Adrielly Ramos Mantovani
--Drymantovani 02:07, 25 Junho 2007 (BRT)
Conteúdo |
Bom design
Móvel
Por ser vendido para pessoas que moram em lofts e conseqüentemente possuem menos espaço, o design desse móvel atende às necessidades do seu público. Tem espaço suficiente para diversos aparelhos e objetos (computador, CD’s, DVD’s, televisão, telefone, etc). Ele causa impacto porque é prático, fácil de se adequar ao ambiente devido à sua maleabilidade e ainda possui um formato moderno. Dessa forma, obtém-se resposta de quem procura atingir.
Mau design
Fogão
Esse é um exemplo de design ruim por não ser funcional. A disposição dos botões acendedores não é clara, você não sabe de imediato qual é direcionado a qual boca, além de ter que passar o braço por cima de uma eventual boca acesa para desliga-la (corresponderia à dificuldade de legibilidade em um cartaz). Percebemos um desconhecimento que o designer teve do público-alvo do eletrodoméstico, na maioria mulheres, que com um dia-a-dia cada vez mais atarefado precisam de praticidade, rapidez e a funcionalidade claramente não oferecida pelo produto.
Cartaz Rockscene fest II
Outro exemplo de mau design é esse cartaz de um show de rock ocorrido em Recife:
As informações não apresentam hierarquia, o nome do evento está do mesmo tamanho do nome das bandas, assim como a data e o preço. Além disso, foram colocados 2 endereços diferentes, o que pode confundir o público. O ritmo de leitura também é prejudicado devido ao excesso de tipografias utilizado e a imagem utilizada ao fundo simplesmente não se encaixa ao perfil do evento nem às informações em 1º plano.
--Drymantovani 08:54, 25 Junho 2007 (BRT)
Elemento de design: Formas
O cartaz abaixo é inspirado no trabalho de Niklaus Troxler, um designer suíço que soube alinhar muito bem o jazz e o trabalho gráfico, através da forma como trabalhava os elementos.
Aqui podemos observar as informações dispostas de maneira a adquirir um formato conhecido por parte do público-alvo, para que fosse rapidamente identificado. É interessante lembrar que a forma deve estabelecer uma relação dinâmica entre suas partes, portanto é necessário que seu público possa identificar o elemento de ligação entre forma e conteúdo. Assim, antes mesmo de ler as informações contidas no cartaz, já é possível saber, ou ao menos supor, o que está sendo divulgado.
Designer: Bradbury Thompson
Bradbury Thompson foi um dos designers gráficos mais influentes no período pós-guerra. Seus trabalhos para a revista Westvaco Inspirations causavam impacto e, por esse motivo, chegou a ser chamado de “pai do design das revistas modernas”. Costumava experimentar em seu trabalho o uso de de cores e tipografias diferentes.
Esteticamente esse design de Bradbury Thompson é bonito, atrativo. É inegável que chame atenção por suas cores contrastantes e fortes, principalmente para a época. Além disso, consegue transmitir a sensação de movimento, como se a moça da ilustração realmente estivesse andando. É um exemplo de bom design por causar o impacto necessário e atender ao critério do clima também. Esperava-se encontrar criações desse estilo por parte de Thompson, aumentando também a venda das revistas. O único problema encontrado pode ser a legibilidade da metade branca, o que não impede que a imagem tenha gerado resposta do público.
Em sua carreira, ele também trabalhou com letras, procurando a simplificação do nosso sistema de alfabeto, meta alcançada ao criar o Alfabeto 26. Era um sistema com o diferencial de não possuir distinção entre minúsculas e maiúsculas, facilitando, por exemplo, o processo de aprendizado de uma criança em idade de alfabetização.
Na figura abaixo, podemos perceber um outro trabalho em que Bradbury usa letras, também publicado na Westvaco.
A parte técnica desse design é muito boa. Além de causar impacto, é de fácil legibilidade, ainda mais se publicada ao lado das máscaras. Percebe-se a brincadeira que ele faz com a forma, utilizando imagem e conteúdo, método usado pelo movimento concretista.
Cor aprendida x Cor apreendida
Certamente a cor definida para essa formatura foi azul, porém percebemos que a tonalidade não foi especificada.
Última foto - baile de formatura
Se olhássemos para esses vestidos separadamente, é provável que ao nos perguntarem qual a cor de cada um respondêssemos simplesmente "azul". Por quê? Porque assim nos foi ensinado. Azul-claro, azul-escuro, azul-marinho, azul-bebê, azul-piscina, azul-celeste, etc. são todos azuis. A especificidade de tom só é utilizada quando estamos comparando coisas diferentes, como no caso da foto.
Também temos o costume de generalizar a cor dos objetos, dizendo que eles são da cor que na verdade é apenas a que predomina. Na figura abaixo, identificaríamos o céu como estando vermelho ou laranja, mas na verdade ele também tem pedaços amarelos e outros bem escuros, chegando quase a pretos. Isso acontece porque essas cores predominam, mas principalmente porque aprendemos que o céu, ao pôr-do-sol, é vermelho/laranja.
--Drymantovani 11:41, 25 Junho 2007 (BRT)
Projeto Gráfico
Briefing
Cenário
Uma pesquisa realizada pelo canal a cabo Cartoon Network revelou que meninos e meninas, de 6 a 12 anos, estão cada vez mais independentes, informados e consumistas. Gostam de tomar decisões e discutir assuntos com a firmeza que tem os adultos. Essa geração é a das crianças que ficam em casa com o computador (como fonte quase exclusiva de informações sobre o mundo em que vivem) e sem os pais, gerando a preocupação destes, devido a incerteza do conteúdo acessado pelos filhos. Diante dessa situação, a Editora Meia-lua resolveu criar uma revista que despertasse o interesse das crianças, atendendo às suas necessidades de informações, ao mesmo tempo em que oferecesse aos pais a possibilidade de um controle maior sobre o material ao qual os filhos têm acesso.
Objetivos
A revista deve atrair a atenção dessa nova geração de crianças, despertando seu interesse por assuntos da atualidade e fazendo com que adquiram o hábito de leitura, além de transmitir segurança e credibilidade aos pais.
Resposta esperada
Estimular o hábito de leitura de crianças em idade entre 6 e 12 anos e desenvolver seu potencial crítico em relação a assuntos atuais.
Diferenciais
O formato e conteúdo da revista serão atuais e trabalhados de maneira dinâmica, para que se encaixem a nova realidade infantil. Irá conter pautas encontradas em revistas/jornais para adultos e telejornais, porém com uma linguagem adaptada e fácil de ser assimilada pelas crianças.
Público-alvo
Quem compra?
Entre 30 e 45 anos, aproximadamente; ambos os sexos; classes A, B e C; se encontram na cidade de São Paulo. A revista tem como foco atingir aos pais, que passam pouco tempo com os filhos e tem por hábito comprar antes/depois do trabalho ou aos finais de semana quando saem com os filhos.
Quem consome?
Entre 6 e 12 anos, aproximadamente; ambos os sexos; classes A, B e C; se encontram na cidade de São Paulo; O perfi são crianças que passam muito tempo usando computador/internet ou assistindo televisão, através dos quais conhecem as novidades e que pedem aos pais o que tem interesse ao sairem em finais de semana ou economizam mesada para efetuar a compra.
Concorrência
A principal concorrente é a Revista Recreio, da Editora Abril, porém os sites da Revista Recreio e o www.crianças.uol.com.br também apresentam conteúdo semelhante.
Instruções específicas/obrigatoriedades
A revista deverá conter: sumário (1 página); editorial e enquete (1 página); matéria sobre tecnologia (4 páginas); matéria sobre meio-ambiente/ecologia (4 páginas); entrevista com “criança do futuro”, realizada com alguma criança que esteja fazendo sucesso ou que tenho praticado uma ação legal (2 páginas); seção novidades, falando sobre um livro novo, um site interessante, etc. (1 página); quadrinhos (2 páginas); seção TV com a programação mensal dos canais infantis, dando enfâse aos destaques do mês (2 páginas); seção com estréias voltadas para o público infantil tanto no cinema como no teatro e suas informações relevantes (2 páginas); matéria de curiosidades, abrangendo fatos intrigantes do dia-a-dia, que tenham explicações físicas, químicas ou biológicas (2 páginas); um conto (4 páginas); jogos (3 páginas); seção para os pais, com matéria interessante sobre saúde, bem-estar, educação, etc. para as crianças (4 páginas).
Distribuição
Periodicidade quinzenal, distribuída para bancas de jornal, livrarias (Saraiva Megastore e FNAC) e hipermercados (Pão de Açucar e Carrefour) na cidade de São Paulo, localizadas em bairros comercais, próximas a centros empresariais e em shoppings.
Informações adicionais
Tiragem: para as primeiras 6 edições, 50 mil exemplares.
Dimensões/formato:17 x 24/72 x 102
Justificativa do projeto
O projeto foi criado levando em conta critérios de harmonia, não sendo necessário procurar por elementos óbvios: eles estarão aonde seus olhos irão procurar em um primeiro momento, já que a revista é feita para crianças que já não tem por costume ler revistas. Logo, tudo que está ali deve ser facilmente identificado. Da mesma forma, deve estar clara a ênfase, destacando seções ou partes de matérias que tenham maior prioridade na hora leitura, afinal crianças podem não estar dispostas a ler tudo, se cansarem durante uma matéria, então temos que garantir que o que é mais importante seja lido.
Restrições técnicas
A única restrição é para que o layout não se assemelhe ao seu principal concorrente, a revista Recreio. A escolha de um formato menor foi proposital para ajudar a evitar comparações em relação a maneira como ambas são feitas.
Tipografia
Título da revista: Synchro LET, 72pt, entrelinha 86,4pt (lembra internet, adequaria-se a realidade das crianças, fazendo com que se identifiquem)
Nome das seções (ex: “Jogos”, “Novidades”, “Para os pais”, etc): AddWBitmap09, 12pt, 14,4pt (também por lembrar internet)
Título das matérias: variável, dependendo do conteúdo da matéria (seria usado nas matérias sobre tecnologia, meio-ambiente e a especial para os pais)
Texto: Lucida Grande, 9pt, entrelinha 10,8pt (uma tipografia sem serifa e que não fosse tão trabalhada como as do título da revista e dos nomes das seções para não cansar a leitura)
Dimensões das páginas
Aberto: 482pt x 680pt
Fechado: 397pt X 581pt
Margens e Colunas
Margem superior: 57pt
Margens laterais: 42,5pt em cada lado
Margem inferior: 42,5pt
Margens internas: 14pt
Colunas: 163pt
Espaçamento entre colunas: 14pt
Memorial de gráfica
Suporte
Capa: papel couchê L2, alto grau de alvura, 100 gramas;
Folhas internas: papel off-set, levemente amarelado e com grau de opacidade elevado, 70 gramas.
Processo de impressão: Off-set.
Cores: CMYK, 4x4
Formato do papel original: 72 x 102
Número de páginas: 32 páginas internas + capa
Processo especial: Não.
Tintas especiais: Não.
Resolução de imagens: 300 dpi.
Acabamento: Verniz de reserva no título da revista e laminação BOOP na capa.
Faca: Não.
Encadernação e capa: Formato brochura (grampo interno).
Tiragem: 50 mil exemplares
Distribuição: Pelo correio.