Produção Gráfica (CRP-0357, ECA)/aulas/designers
O que o trabalho desses profissionais tem de tão especial?
Alan Fletcher
Alexandr Rodchenko
Armando Testa
Designer essencialmente minimalista, Armando Testa, nascido em Turin, Itália, revolucionou o design italiano e mundial. Nascido em 1917, é considerado por muitos um pioneiro. Foi bem suscedido não apenas em design e arquitetura, como também em pintura, fotografia, entre outras atividades.Em sua carreira, teve entre seus clientes Martini & Rossi, Carpano, Pirelli, Borsalino. Armando Testa faleceu em 1992.
[Imagem:]
Essa obra de design produzida por Armando Testa é bastante harmônica e equilibrada. Harmônica porque não há elementos demais. Sua mensagem é exata e minimalista. Esse é o logotipo desenvolvido para uma marca de aperitivo alcoólico, cujo nome é "Punt e Mes", que significa ponto e meio. O nome do aperitivo é praticamente traduzido literalmente em imagens por Testa. E a cor quente utilizada lembra a sensação reconfortante causada pela bebida.
[Imagem:]
Essa segunda peça é a propaganda de um laxante infantil. É praticamente impossível ser mais direto que esse poster, que mostra a ousadia do designer para a época em que foi produzido (1975). As linhas suaves e a proporção entre as partes do corpos deixam claro que é uma criança. E a parte da anatomia "privilegiada" com o uso de cores é o "alvo" do remédio.
--caroltuska 25 de junho
Bob Gill
Bradbury Thompson
por Rafael Kirsneris
Nascido em 1911 e falecido em 1995, Bradbury Thompson foi um dos mais talentosos designers americanos, tanto que muitos o consideram o pai do design editorial. Abaixo, analiso duas de suas obras buscando associá-las com elementos cruciais para o design.
Observe a imagem acima. Não há como se negar que se trata de uma criação diferente, incomum. Também não há dúvidas de que se trata de uma imagem harmônica e repleta de equilíbrio. O Raio-X do saxofonista, embora em reposto, demonstra movimento, como se ele estivesse tocando alguma música. Também nota-se este movimento no círculo com as cores primárias, como se ele estivesse em plena atividade artística. Os dois círculos ocupam o mesmo espaço na criação, assim como a palavra “ROCK” e “ROLL”. Pode-se dizer que, de certo modo, estas metades se completam, estando, então, em concordância. Também vale destacar que a relação entre o branco e o preto, bem como das cores primárias, contribuindo para uma sensação de continuidade, dando mais intensidade à coesão da imagem.
O mesmo ocorre na imagem a seguir:
O planeta Terra, com seus principais meridianos e paralelos, nos dão uma sensação de movimento, de rotação., embora esteja em repouso, estático. O mesmo ocorre com as veias e artérias do indivíduo, que nos dão a sensação de fluência, circulação. Novamente, as cores e a simetria dão a harmonia da imagem. As cores primárias e secundárias apenas, em perfeita complementariedade e sobreposição de tons contribuem para a harmonia estética Já a silhueta humana e as figuras verticais, dão pesos visuais iguais à composição, assim como o Planeta Terra cortado ao meio (como se fosse o Equador). Uma imagem que, embora pareça estranha à primeira vista, é com certeza uma criação que merece seu destaque.
--Kirsneris 16:38, 7 Maio 2007 (BRT)
Bruce Mau
Bruno Munari
por Thais Emy Ohata
A ilustração de Munari é clássica dentro de algumas das principais características do artista: o humor, a ironia, o desenho estilizado e simples, mas o qual brinca com os símbolos. A figura de Tullio é facilmente reconhecida no cacto com o charuto caído, onde a nossa atenção é focada através do primeiro plano. E no último plano, lá atrás, há a figura de um homem que chega e ao mesmo tempo é reflexo no espelho/quadro. Existe uma relação forte entre os elementos através do desenho e da cor (cor pastel do suporte, preto e vermelho). Site Tullio D´Albisola
Munari também trabalhou com design de livros infanto-juvenis. Na série ZOO, a capa e as ilustrações se utilizam de um desenho colorido e simples, de fácil assimilação para a criança. A figura da girafa, e não há como duvidar que seja uma, é mostrada parcialmente, sem que vejamos a parte mais representativa: a expressão (“rosto”). Para um livro infantil, um animal pode ter o mesmo poder expressivo de um a pessoa. As grades à frente, as quais levam as informações do livro, focam para o tema da história, o zoológico. E também “prendem” os elementos da página no conjunto desse tema. A peça aguça a curiosidade infantil, é de fácil identificação, legível e possui uma simplicidade bem estruturada adequada ao público. Série ZOO
--Emykitsune 01:50, 8 Maio 2007 (BRT)
Italiano, nascido em Milão em 1907. Iniciou sua carreira como artista gráfico com apenas 18 anos be aos 20 engajou-se ao movimento Futurista. Trabalhou com artes gráficas, desenho gráfico editorial, direçãor de arte em jornal, ilustração de livros infantis, mas foi como designer que se destacou. Afirmou-se como um designer culturalmente comprometido com uma visão artística das formas e das cores e profundamente interessado nas relações espaciais, no significado do objeto, na coerência estética e na transmissão da informação subliminar através da Gestalt. Suas criações traziam sua marca: a relação entre o design e as pessoas. Essa relçaõ foi fundamental para criar novas formas de pensamento gráfico e comunicação visual no contexto de nossa sociedade.--Juzinha 23:43, 1 Julho 2007 (BRT)
Carlos Segura
Cassandre
A.M Cassandre é um famoso designer acostumado a combinar cores e elementos de forma interessante, em peças publicitárias como cartazes e capas de livros.
A seguir, alguns exemplos de porque suas peças são consideradas boas e, portanto, sua obra é relevante.
Peça 1
A peça é bastante interessante por uma série de motivos. Uma das características mais evidentes é o contraste. Principalmente entre a figura do homem e o fundo amarelo, onde o autor utilizou nuances monocromáticas. Fez praticamente o mesmo com a imagem em primeiro plano – na sombra, utilizando cores escuras, com o preto predominando. A combinação estética é visualmente agradável – amarelo com preto e tons avermelhados. Um outro aspecto da peça são os traços bem delineados – retas e curvas. Além do jogo de iluminação - reforçado nas cores e que se adequa à temática da peça, dando-a coesão. A tipografia é simples, forte e discreta, adequada à imagem do homem sentado à mesa de um bar.
Peça 2
Nesta peça o autor também utiliza bastante o contraste. Curiosamente, abusando do preto/amarelo, assim como na anterior. A diferença é que, aqui, não há jogo de iluminação. A girafa é destacada do fundo de maneira mais dura.
A peça segue o mesmo princípio de opor basicamente cores quentes (neste caso vermelho, laranja e amarelo) à neutralidade do preto, mas dessa vez com uma variedade maior de cores, concentradas na mesma figura. Desta forma, a imagem é colorida, mas não fica poluída, apresentando-se coesa e com uma temática bem definida – algo levemente infantil.
Os traços bem delineados também estão presentes – longas retas e curvas precisas. Por fim, a tipologia é adequada ao tema (em especial a da parte inferior).
--Bernardogil 17:18, 3 Junho 2007 (BRT)
Charles Mackintosh
Clement Mok
David Carson
David Carson é um designer americano do século XX conhecido pelo seu trabalho em design de revistas. Nasceu no Texas, cresceu em Nova Iorque e durante um tempo da sua vida trabalhou como professor de sociologia. Já foi qualificado como o 4˚ melhor surfista do mundo, uma carreira que permitiu o contato de Carson com diversas culturas. Em 1984, entrou para o mundo do design gráfico e, em 1988, estabeleceu seu estilo de fotografia non-mainstream (sem um elemento principal). Desde então, suas obras fogem aos padrões de composição, alinhamento, hierarquia tipográfica e contraste seguidos pelos designers gráficos da sua época, inovando as técnicas de artes plásticas e também a arte publicitária. O designer mescla fotografias, tipografias diversas, cores e técnicas de sobreposição. Dessa forma, cria em uma única peça uma mistura de linguagens, percepções e reflexões. O trabalho de Carson varia entre o “over” e o “clean” e muitas vezes é considerado ilegível. Também procura dar um tratamento especial a tipografia, trabalhando tamanho, peso, estrutura, forma, direção, sobreposição de linhas e cor.
(Rayban)
--kakadesign 15:54, 23 Junho 2007 (BRT)
Dmitri Moor
E. McKnight Kauffer
Edward Tufte
El Lissitzky
--Pedro 00:56, 25 Junho 2007 (BRT)
- Cartaz - Poster for the Russian Exhibition in Zurich, 1929
Um dos elementos marcantes desse cartaz é o uso do vermelho e do preto, cores primárias e fortes, e figuras geométricas, que causam impacto aliadas aos tipos sem serifa e rostos grandes. Cartazes para exposições como esse e diversos outros trabalhos do designer contribuiram para a propagação e fixação das idéias do comunismo e formação da União Soviética.
Lissitzky foi um artista construtivista e um dos pioneiros da fotomontagem, seu trabalho inclusive influenciou a Bauhaus, com grandes inovações para a tipografia. Seus designs de livros também são bastante famosos e interessantes.
--Simonef 00:05, 2 Julho 2007 (BRT)
Fortunato Depero
Temas recorrentes: ciclismo, esportes em geral, construções.
Fortunato Depero (1892 - 1960)é um representante do movimento futurista italiano.
As obras acima são pinturas, tipo de produção artística que representa a maior parte de seu trabalho. No entanto podemos achar também desenhos a lápis (grafite) e a lápis coloridos.
As características dos desenhos em grafite são bem diferentes das pinturas. Os desenhos em grafite geralmente têm formas mais arredondadas e menos poligonais, como podemos ver abaixo:
Já as pinturas apresentam uma característica marcante: formas mais poligonais, com presença de ângulos retos (quinas) e, principalmente, o efeito de profundidade e dimensionalidade. Esse efeito de profundidade é obtido através de de um excelente jogo de sombras e diferenças de tons em um mesmo plano, como podemso observar no quadro dos robôs e da casa preto-e-branco. Outra característica muito presente no autor é o fato de ele utilizar uma palheta de cores limitada para cada obra. Variações de tons de uma mesma cor, como podemos observar nos dois quadros de construções, são muito comuns no portifólio do autor.
Sem mais.
--decogramo 00:56, 25 Junho 2007 (BRT) André Gramorelli
Frank Zachary
Fred Woodward
Gene Federico
George Lois
George Nelson
Grapus
Henry Wolf
Herb Lubalin
Na primeira peça, Lubain consegue se apropriar, através da tipografia, de toda a característica de pompa e circunstância que envolve a carreira diplomática, este artifício torna-se explícito na frase “go to hell”, grafada de um modo que faz referência a essa forma rebuscada e cheia de rodeios que um diplomata costuma utilizar. É interessante notar como a arte uniu-se perfeitamente a idéia do texto - apresentado uma peça semelhante a um convite para um evento de gala, que na verdade oculta intenções completamente opostas, mesma mensagem expressa pelo texto – e como tal sinergia se deu com harmonia estética e temática, uma vez que todos os elementos são pertinentes, necessários e não divergem entre si, formando um todo harmônico. Estruturalmente a peça segue os padrões de um convite formal, com a informação principal no meio, com maior destaque; assim aqui se mantém a sensação de equilíbrio dos elementos, o texto aparenta estar solidamente fixo no fundo amarelado, com o elemento mais pesado e chamativo centralizado, sem causar uma impressão incomoda aos olhos do receptor dessa mensagem.
A segunda imagem apresenta três logos desenvolvidos por Lubalin para revistas. Esta peça se destaca devido à simplicidade, impacto e alto índice de assertividade que ela obtém em sua comunicação. Lubalin opta por usar as próprias letras que compõem cada palavra, construindo através delas referências a figuras já consolidadas dentro do imaginário coletivo, razão de sua eficiência, como a imagem de uma criança dentro de um útero materno, simbolizando a gestação e a relação entre mãe e filho, ou a referência a um casal de mãos dadas, unido, ou ainda a mais clássica representação de uma família, formada por uma mãe, um pai e um filho. Aqui ainda é interessante notar a sutileza com que Lubalin chama a atenção para a representação da família, dispondo a frase “a reader’s digest publication” logo abaixo dela, ou para a diferenciação entre a palavra “mother“ e “child”, a primeira maior e mais sólida na posição de quem realmente protege a segunda, mais frágil e menor.
--Driellealarcon 06:00, 1 Julho 2007 (BRT)
Ikko Tanaka
Ivan Chermayeff
Jack Stauffacher
Jan Tschichold
John Maeda
Por Eduardo Kim
John Maeda nasceu em Seattle em 1966, filho de emigrantes japoneses. Por isso, Maeda desde muito cedo aprendeu a valorizar o processo, a perícia e o conhecimento profundo com o seu pai, seguidor da cultura e métodos de trabalho japoneses. Em criança Maeda demostrava particular talento para as artes, mas também para a matemática. Aos 18 anos entra para o Massachussets Intitute of Technology (M.I.T.) onde estudou a mais pragmática das profissões: engenharia. Maeda ganhou reputação ao criar trabalhos cinéticos interessantes, que ele próprio disponibilizava gratuitamente na Internet. Distinções e prémios começaram entretanto a surgir com alguma naturalidade, dos quais se destacam o Multimedia Grand Prize do Japão, The New York Art Director's Gold Prize e The American National Design Award. Depois de acabar o curso no M.I.T., Maeda ingressou na Universidade de Tsukuba – Institute of Art and Design no Japão, onde estudou Design Gráfico. Simultaneamente, ocupa o cargo de Art Director e investigador cientifico no International Media Research Foundation, em Tóquio. Regressou ao M.I.T. em 1996 para substituir o director do laboratório de Media e posteriormente convidou para uma entrevista Paul Rand, um dos designers que mais admira. Com um background em engenharia, Maeda é pioneiro numa nova linguagem gráfica que tira partido do poder algorítmico dos computadores. Ele próprio desenvolve o software com que trabalha, inventando assim novas ferramentas com as quais cria obras interactivas interessantes como a "Tap, Type, Write", uma homenagem à máquina de escrever do ponto de vista da era digital. Segundo Maeda, «as mãos são um obstáculo primário para o avanço e desenvolvimento das artes gráficas digitais. As limitações físicas das mãos impedem-nos de explorar aquilo que não podemos construir».
--EduardoKim 31 de junho
Joseph Binder
Kasimir Malevitch
por Evandro Lopes Malgueiro
Exemplo 1:
Essa é a mais clássica pintura do abstracionista Kasimir Malevitch, criador do Suprematismo. Sua geometria tinha a linha como a forma suprema, revelando a ascendência do homem sobre o caos da natureza, e o quadrado - inexistente na natureza - era o elemento suprematista básico. Em 1915 criou o "Quadrado preto sobre fundo branco" (acima), no qual o “quadrado estava cheio de ausência de objetos”. É uma obra onde o equilíbrio é tão grande que chega a ser estático. As cores, preto e branco, opostas entre si, contribuem para a composição harmônica da obra, assim como as linhas paralelas formadas pelos quadrados.
Exemplo 2:
Essa outra obra do mesmo autor, nomeada como “Suprematism: Self-Portrait in Two Dimensions”, representa bem as principais características de sua obra. Estes elementos, presentes em quase todas suas criações, eram as simples formas geométricas do quadrado, do círculo e do triângulo, que desempenharam papel de destaque no design Bauhaus. Essa obra já é bem mais dinâmica que a anterior, principalmente pela quebra do equilíbrio causada pelas linhas diagonais da forma azul e preta na parte de baixo do quadro, em contraponto com linhas horizontais e paralelas das outras formas que estão na parte superior, resultando em uma composição muito harmônica.
--Evandromalgueiro 11:42, 2 Junho 2007 (BRT)
Karl Gertsner
Kit Hinrichs
Ladislav Sutnar
Lászlo Moholy-Nagy
László Moholy-Nagy (Bácsborsód, 20 de julho de 1895 — Chicago, 24 de novembro de 1946) foi um designer, fotógrafo, pintor e professor de design pioneiro, conhecido especialmente por ter lecionado na escola Bauhaus. Ele foi muito influenciado pelo Construtivismo Russo e um defensor da integração entre tecnologia e indústria no design e nas artes. Fonte: Wikipedia
Bauhaus Publishers
brochure, 1924
Capa de aparência um pouco “art-déco” e que remete fortemente à Bauhaus. Segue a regra dos terços para encontrar um bom equlíbrio.
Design limpo, de fácil leitura e mensagem construtivista.
Palavras: bauhaus art-déco geometria
Poster for Bauhaus Exhibition, Weimar, 1923
Pôster com aspecto de arte moderna e pintura abstrata.
Design também limpo, que transmita rapidamente a mensagem de modernidade e arte (para a época)
Palavras: Kandinsky geometria arte de vanguarda
Lottery advertisement,
1932
Incrível, poderíamos nos deparar com este design e achar que foi feito ontem ! Hoje em dia ainda vemos diversos designs com aspecto retro que podem ser muito semelhantes a este.
Palavras humor contraste
Brochure for Imperial Airways, 1935-1937,
5-1/2" x 7"
Esse é um típico exemplo de design que para os menos informados, pode parecer atual, apesar de bem antigo. Esse estilo ainda é muito utilizado e parece estar no inconsciente imagético coletivo.
É evidente uma diferenciação em relação aos primeiros trabalhos, mostrando uma ampliação do vocabulário visual do artista.
Palavras: airbrush Velocidade modernidade
Fonte das Obras: http://www.moholy-nagy.org
É surpreendente a atualidade das obras do artista, o que acontece muito com o design em geral desse período, 1910-1930,k também com o design de produto, pois parece ser um momento de definição de formatos que perduram pelo século XX. Seu trabalho é muito amplo, indo da pintura para os cartazes, passando pela fotografia e escultura.
“The artist represents the consciousness and
memory of his time.” - Làszlò Moholy-Nagy
--Yuribittar 09:18, 28 Maio 2007 (BRT)
László Moholy-Nagy foi também pioneiro no uso e desenvolvimento da técnica do fotograma:
Antes de qualquer opinião sobre este fotograma de 1922, é importante assinalar o processo de produção do mesmo; ou seja, o posicionamento de objetos sobre papel foto-sensível e a exposição deste à luz com o objetivo de capturar a sombra destes objetos sobre o papel. Tendo isto em mente, é impressionante o volume e relevo contidos nesse fotograma e conseguidos somente com o uso brilhante de sombra e luz, produzindo áreas mais e menos iluminadas quando, na verdade, aquilo que se vê é sombra. A peça central, facilmente identificável justamente pela noção realística de volume, desliza sobre o papel e há a impressão de que ela deixa rastros dos filetes prateados que partem simetricamente do centro da peça, enfim, imagens de luz, relevo, volume e movimento, obtidos através da captura da sombra de objetos estáticos.
Nesta imagem o aspecto mais notável não é o trabalho com a luz, mas sim o movimento. A disposição quase aleatória dos objetos cria não só uma imagem de movimento, mas de explosão; como se o fio acabasse de chicotear os clipes de papel que agora estão voando para todos os lados. É de se notar também o papel da forma oval no fundo da imagem, primeiramente por seu posicionamento, afinal, ao se considerar a técnica usada, não é simplesmente uma questão de colocar ao fundo, mas sim de organizar a sombra para que o objeto pareça estar ao fundo; e pela sensação causada pelo objeto que, mesmo não sendo, necessariamente, o único elemento responsável pela noção de suspensão da imagem, é fundamental para sua sustentação.
--arthurrb 15:18, 13 Junho 2007 (BRT)
Laurie Haycock
Lester Beall
Lucian Bernhard
Nada mais justo que demonstrar na prática um exemplo das 'antigas' de bom design:
Mestre da criação de tipografias, neste ‘bom’ layout temos a criação dos tipos da marca mundialmente conhecida BOSCH que até hoje permanecem basicamente inalterados, prova da força de um bom design. Além disso, a ilustração do cartaz muito bem feita demostra com categoria e prioridade a peça ‘anunciada’ e a sua ‘função’ de acordo com a faísca branca proposta em cima do fundo alaranjado. Legibilidade perfeita, impacto e presença marcante são os pontos principais da peça.
--Zapico 15:19, 25 Maio 2007 (BRT)
Ludwig Hohlwein
Matthew Carter
Max Bill
Michael Bierut
Milton Glaser
Durante mais de 40 décadas, Glaser contribuiu para a história do design gráfico, produzindo algumas das mais marcantes imagens do século 20: Pôster de Bob Dylan (de 1967); ‘I Love New York’ (o logo mais reproduzido que se tem registro até hoje) entre outros. Seus trabalhos variam entre pôsteres, revistas, design de jornais, design de interiores, logotipos, discos, ilustrações para revista e jornal, tipografia, desenhos, aquarelas, ilustrações, material impresso, brinquedos. Seu trabalho é fortemente caracterizado por ilustrações feitas à mão, tendo um estilo muito relacionado ao momento em que a peça gráfica foi desenvolvida e à sua análise dos elementos e variáveis relevantes naquele instante. Esta ligação com o "momento" pode ser confirmada observando-se como, com o tempo, sua arte mais ornamentada e virtuosa do início, passou para uma concepção mais redutiva, simples, forte e direta — reflexo de sua maturidade e da realidade transformada ao seu redor.
Esta logomarca tem por base o conceito de contraste. É composta por um feixe de linhas horizontais e algumas formas preenchidas que formam a palavra ISIX através do contraste com o fundo branco. Um aspecto interessante é que quanto menor se enxergar essa composição, mais visível se torna a palavra ISIX.
Assim como a anterior, essa composição também tem por base o princípio de contraste. É formada por duas cores altamente contrastantes e possui nos cantos um efeito de gradiente de cores gerado por intercalações de linhas azuis e amarelas com diferentes espessuras.
--Pitsche 15:54, 1 Julho 2007 (BRT)
Mucha
por Thais Emy Ohata
Este notável artista da República Tcheca trabalhou com ilustrações, posters, propagandas e capas em uma época que não havia a profissão "designer". Mucha se valia da influência absorvida da pintura e de elementos do [Art Noveau]. As linhas fortes, curvas sinuosas, arcos e molduras típicas da arte decorativa e cores naturais são características constantes de sua produção, onde a composição e o equilíbrio são decisivos. Ele fazia uso da relação figura-fundo inserindo molduras, "máscaras" e as figuras de belas mulheres a frente de grafismos bastante trabalhados. Seu desenho busca um realismo sensual, traduzido pela voluptuosidade de suas mulheres com roupas e cabelos esvoaçantes. Mesmo os tipos de letras construídos sempre tendiam para as formas sinuosas, criando a sensação de fluidez. Um de seus "clientes" foi a Nestlé, para a qual produziu posters e rótulos para diversos produtos.
Seus trabalhos não lembram a moça do Leite Moça?
Estrelas: A Lua, a Estrela da Manhã, a Estrela da Tarde e a Estrela Polar; 1902.
Anúncio da Nestlé por Mucha.
--Emykitsune 21:06, 10 Maio 2007 (BRT)
Guiando o olho
Dêem uma olhada nos ensinamentos do ilustrador americano Andrew Loomis em como guiar o olho, e depois observem os trabalhos de Mucha.
Mucha se utiliza com maestria de linhas de direção e curvas para guiar o olho do observador aos pontos importantes da figura. Ele pode "emoldurar" esse ponto focal (colocando elementos em torno dele) ou apontar para ele.
Note a ilustração "A Lua", acima (aquela repetida). O tecido esvoaçante cria uma curva que, além de não deixar seu olho escapar pelo lado esquerdo, leva-o em direção às mãos e ao rosto, pontos focais da composição.
Na ilustração "Estrela Polar", ele já é menos sutil: os raios apontam diretamente ao rosto da moça, enfatizando-o radialmente, o que não deixa de ser uma estratégia eficiente.
Note também que Mucha raramente centraliza seus pontos focais, dando movimento e dinamismo à ilustração. (pode-se dizer que seu layout é em S, e não em cruz.)
Bruno Mendes --Bmendes84 18:53, 30 Junho 2007 (BRT)
Neville Brody
Nascido em Londres, no ano de 1957, Neville Brody é um dos principais artistas do design pós-moderno, com destaque para suas expressões no campo editorial e na exploração e criação de tipos gráficos.

Seu trabalho tornou-se conhecido pela criação das capas das revistas The Face e Arena. Além disso, criou grande quantidade de capas de discos de música, sobretudo na década de 80, para artistas da Fetish Records (como Nine Inch Nails e Cabaret Voltaire). Em 1989, a atuação no desenvolvimento de tipos gráficos rendeu sua participação no recém-criado FontWorks (atual FontShop) – primeiro distribuidor/revendedor de tipos digitais.
Outro trabalho de destaque, em parceria com o designer Jon Wozencroft, foi a FUSE - espécie de "fontzine". Ou seja, uma série de quatro tipos experimentais, criados a partir de um tema, acompanhada de quatro pôsteres A2 com suas aplicações. A iniciativa era vista pelos designers como um desafio ao pensamento, forma e função convencionais da tipografia.
Suas criações são caracterizadas pelas peculiaridades que apresentam. Possuem uma geometricidade que remonta muito ao ambiente da informática. Também é possível observar grande noção de equilíbrio na disposição dos elementos gráficos, bem como harmonia entre eles, e a valorização do texto escrito como elemento visual. Suas criações utilizam cores chamativas - uma influência da pop art -, que prendem a atenção do observador.
Brody foi (e continua sendo) responsável pela criação de variadas linguagens visuais, que abrangem desde publicações comuns, como jornais e revistas, até websites e filmes hollywoodianos. Seu design revolucionário e radical é repleto de elementos experimentais que desafiam o comum, sem perder sua funcionalidade. Isso faz com que o trabalho de Brody seja diferenciado e destacado dentre os designers contemporâneos.
por Natália Spada de Faria Ribeiro -- Natysfr 18:14, 12 Junho 2007 (BRT)
Oskar Schlemmer
Otto Wagner
por Alex Nascimento de Mendonça
Esta cadeira pode ser considerada boa por mostrar-se adequada a seu propósito, já que tem um formato ergonômico para apoio dos braços e das costas. Esteticamente, existe harmonia e equilíbrio pelo uso de linhas firmes com curvas suaves em todo o objeto, não havendo elementos inadequados ou conflitantes tanto na composição linear como nos materiais utilizados e suas respectivas cores. Por outro lado, o impacto visual e a atratividade da peça são possivelmente reduzidos ao se lançar mão da simetria para sugerir equilíbrio.
Otto Wagner mantém seu estilo neste banco, usando linhas firmes com arestas chanfradas em toda a composição, além de aplicar cores e materiais sóbrios, o que garante a harmonia e o equilíbrio de forma convencional. O fato é reforçado pela exploração repetida da simetria. Entretanto, as linhas horizontais que unem as pernas do banco em sua base diferenciam-no dos bancos mais comuns. Isso destaca visualmente a composição, além de oferecer uma base mais rígida ao usuário do objeto. Com isso, o banco revela adequação à sua função prática, tal como a cadeira analisada acima.
--Alexnasmen 16:51, 8 Maio 2007 (BRT)
Paul Rand
No geral, a criação de logomarcas feita por Paul Rand se apoiou em uma tipografia limpa e geometrica, sem elementos desnecessários. Porém essa economia de elementos não torna, de maneira nenhuma, os logos criado por Rand simplistas. O logo da ABC é um ótimo exemplo, pois não deixa de seguir esta linha, que é marca da criação de Rand, e proporcionou uma identidade visual sólida à empresa a mais de 40 anos. Outro exemplo é o logo da NeXT, onde o nome da empresa esta posiciona-se em uma caixa preta que o divide em dois. É o que basta para a harmonia visual da imagem. Já na marca da IBM, Rand cria uma marca forte, com diferencial e memorável, usando sinais arbitrários para se distinguirem: uma tipologia pesada, desenhada com faixas. Não há na identidade da IBM metáforas visuais associadas diretamente à marca, nenhum desenho é associado a ela, mas se destaca pela forma característica como seu nome é escrito. Estes e outros trabalhos de identidade visual feitos por Rand, comprovam a necessidade de se conter excessos para que a identidade de uma marca sobreviva.
--Acszan 22:44, 1 Julho 2007 (BRT)
Paula Scher
Piet Zwart
Richard Saul Wurman
Rick Valicenti
Roman Cieslewicz
Roman Cieslewicz nasceu na Polônia, viveu entre 1930 e 1996 e foi especializado em design de pôsteres, trabalhando como designer de livros e revistas. Trabalhou como diretor de arte em diversas agências de propaganda e foi membro da AGI (International Graphic Association).
Exemplo 1:
Considero ser bom o design do seguinte pôster, principalmente devido à forma como dois elementos distintos (a foto de Mozart e a gravura do piano) são misturados, gerando uma imagem com novo significado. A pauta musical, inserida sobre o rosto do compositor e as notas substituindo seus olhos, deram à imagem um ar infantil.
Exemplo 2:
Cielewicz desenvolveu alguns trabalhos extremamente críticos, e sabia exatamente como gerar o devido impacto em suas obras. Na que segue, alguns elementos marcam essa característica: o uso da cor vermelha como única cor do pôster, a concentração da maior parte do conteúdo na parte superior (gerando desconforto visual), tudo isso contribui para que o conteúdo seja apresentado de maneira impactante.
--luanabaio 23:48, 24 Junho 2007 (BRT)Luana Baio
Rudolph de Harak
Saul Bass
Porque é bom?
Além da versatilidade, trabalhando em diversas áreas artísticas, Saul Bass é conhecido por seu estilo único. Desenvolvendo uma série de diretrizes estéticas que influenciaram uma geração de artísticas, Bass ajudou a compor a identidade visual dos anos 50/60. Seu trabalho mais notório é a vinheta de abertura do filme "The man with the golden arm", de Otto Preminger, estrelado por Frank Sinatra. Até então, os projetores do circuito cinematográfico americano, seguindo o desinteresse do público pelos créditos dos filmes, só abriam as cortinas após a exibição do mesmo. Bass, com esse trabalho, eleva o status desse momento e o concede atributos de arte. Um marco na história do cinema, mostrou que qualquer porção da película pode ser relevante à história, e apreciada tanto separada quanto contribuir para o conjunto.
Mini biografia
1920 Nasce em Nova Iorque, no bairro do Bronx
1936 Inicia estudos Art Students' League, em Manhattan
1938 É empregado para trabalhar no departamento de arte do escritório nova-iorquino da Warner Brothers
1952 Após trabalho como diretor de arte em agências de publicidade, abre seu estúdio, named Saul Bass & Associates
1954 Começa seu trabalho como designer de sequências de aberturas de filmes
1968 Ganha um Oscar por um curta-metragem para a empresa Bell System (AT&T)
1973 Cria a identidade visual da United Airlines
1996 Morre em Los Angeles, vítima de um linfoma.
Trabalhos importantes
Logomarcas
Posters
Seqüências de abertura
The man with the golden arm (1956 - Otto Preminger)
Psycho (1960 - Alfred hitchcock)
Spartacus (1960 - Stanley Kubrick)
Alien (1979 - ridley scott)
Quero ser grande (1988 - Penny marshal)
Casino (1995 -Martin Scorcese)
--Danielsantos 17:21, 1 Julho 2007 (BRT)
Designers Históricas
Saul Bass nasceu em 8 de maio de 1920, em Nova York. Ele iniciou sua carreira fazendo cartazes para filmes como na figura abaixo, em O Homem do Braço de Ouro. Suas obras contribuíam para a atmosfera dos filmes que anunciava. No futuro também passaria a fazer logotipos, entre outras obras, que ficaram muito conhecidos como da Quaker e AT&T. Seus traços são simples, com ângulos praticamente retos e bem determinados, delimitando precisamente os limites das cores que são em sua maioria homogêneas e fortes, suas obras geralmente têm poucas cores que são bem contrastadas. As principais características do seu trabalho são: contraste, equilíbrio e a ênfase, com presença constante de figuras fortes. O talento do designer fica evidenciado quando notamos a familiaridade que temos com suas peças, pois muitas obras atuais possuem a mesmas características das peças desenvolvidas por Saul Bass a décadas atrás, e muitas de suas criações ainda permanecem sendo utilizadas.
--Roberto 21:30, 1 Julho 2007 (BRT)
Seymour Chwast
Shigeo Fukuda
Steff Geissbuhler
Stephan Sagmeister
Steven Heller
Theo Van Doesburg
Artista holandês que atuou em pintura, literature, poesia e arquitetura é muito conhecido por ter sido o fundador e líder da revista “de Stijl” de 1917. Este movimento estético teve profunda influência sobre o design e artes plásticas. Devido à influência dos textos da revista, que muitas vezes assumiam um aspecto de manifesto, o próprio movimento neoplástico (e mais tarde, o Elementarismo) é confundido com o nome da revista. Também costuma-se chamar o seu grupo criador pelo título da publicação. Entre seus colaboradores estavam, além de Doesburg, o pintor Piet Mondrian, o designer de produto Gerrit Rietvield, entre outros.
Exemplo da revista De Stijl, Letterklankbeelden, projeto gráfico de Theo van Doesburg
A influência do pintor Mondrian sobre os trabalhos desenvolvidos por Theo van Doesburg fica claro em obras como:
Nesta obra observamos as memas cores e linhas retas utilizadas por Mondrian, no entanto, ele também nos mostra um dos motivos que é sugerido como a causa da separação entre Mondrian e Theo, este último era a favor da utilização das linhas diagonais por seus aspectos dinâmicos e o primeiro era contra, mesmo tendo aceitado alguns conceitos como utilizar a tela em 45º enquanto as linhas do quadro eram mantidas em horizontais e verticais.
Porém, o maior projeto gráfico de Theo é realmente a revista “De Stijl”. No site abaixo é possível visualizar diversos trabalhos do artista.
http://sdrc.lib.uiowa.edu/dada/De_Stijl/011/index.htm Página com De Stijl do Theo Van Doesnburg
Podemos observar poesias visuais realizadas por Theo sob o pseudônimo I.K. Bonset. Há um cuidado especial com o alinhamento dos textos, desta forma, ao olhar a página, a primeira coisa que o leitor vê são os blocos formados pelos textos e a forma como eles interagem. Os desenhos formados chamam a atenção do leitor para a mensagem neles contida.
A escolha das palavras, mesmo sem saber o significado delas, mostra uma preocupação com o design, porque elas formam blocos curtos e de rápida leitura, então imediatamente após o leitor visualizar o todo, ele já tem o significado das partes saltando diante dos olhos.
A disposição geral também contribui para uma fácil leitura, assim o leitor não se perde e sabe exatamente onde está a próxima linha que deve ser lida.
Ao analisar somente os blocos de textos, notamos também uma semelhança com os quadros por ele desenvolvidos e a presença das linhas diagonais que ele defendeu.
OUTRAS OBRAS:
--Drisaniti 12:21, 1 Julho 2007 (BRT)